Primeiro-ministro colocou, esta segunda-feira, o seu lugar à disposição depois do resultado das eleições deste domingo
Emmanuel Macron pediu a Gabriel Attal para continuar a ser primeiro-ministro "por enquanto", avança o Le Monde que cita o Palácio do Eliseu. O objetivo é "assegurar a estabilidade do país".
O primeiro-ministro colocou, esta segunda-feira, o seu lugar à disposição depois do resultado das eleições deste domingo.
O partido de Attal ficou em segundo lugar nos resultados de domingo, com o primeiro-ministro a reconhecer a derrota. "Esta noite, o partido político que representei nesta campanha não tem maioria", afirmou.
No entanto, deixou em aberto que iria permanecer no cargo "enquanto o dever o exigir", nomeadamente no contexto dos Jogos Olímpicos que o país se prepara para acolher.
"Assumirei obviamente as minhas funções durante o tempo que o dever exigir", referiu numa intervenção na residência oficial do primeiro-ministro, acrescentando que o centro "está vivo e de boa saúde" graças à "determinação" dos seus representantes,.
Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.
O Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.
As legislativas francesas foram convocadas por Macron após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.