A garantia foi dada após uma sondagem que o próprio publicou e na qual perguntou aos utilizadores se deveria abandonar o cargo
Elon Musk vai mesmo deixar de ser chefe executivo do Twitter. A confirmação foi dada pelo próprio na rede social que comprou no final do mês de outubro, mas com uma ressalva.
“Demitir-me-ei do cargo de CEO assim que encontrar alguém suficientemente tolo para aceitar a posição! Depois disso, vou apenas gerir as equipas de software e servidores”, escreveu o multimilionário.
I will resign as CEO as soon as I find someone foolish enough to take the job! After that, I will just run the software & servers teams.
— Elon Musk (@elonmusk) December 21, 2022
A garantia foi dada após uma sondagem que o próprio publicou e na qual perguntou aos utilizadores se deveria abandonar o cargo. Dos mais de 17 milhões de utilizadores que participaram, cerca de 57% votaram pela sua saída. No entanto, vários órgãos de comunicação social apontam que Elon Musk já tinha manifestado a intenção de abandonar o cargo mesmo antes de questionar os utilizadores.
Os resultados desta sondagem parecem ter levado Musk a alterar as regras deste tipo de publicação. Um utilizador sugeriu que apenas os subscritores do Twitter Blue, serviço que permite a qualquer um ser utilizador verificado mediante o pagamento de oito dólares, possam votar nas sondagens que impactam as políticas da empresa. O dono da rede social respondeu positivamente. “Boa ideia. O Twitter irá fazer essa mudança”.
Good point. Twitter will make that change.
— Elon Musk (@elonmusk) December 19, 2022
Vários utilizadores apontaram que esta decisão favorece o dono da rede social, uma vez que os utilizadores que subscrevem o Twitter Blue tendem a ser apoiantes de Elon Musk. “Portanto, vais restringir a votação a pessoas que te dão voluntariamente o seu dinheiro? Bem, isso irá definitivamente levar a resultados menos parciais”, referiu ironicamente um utilizador.
Esta é apenas mais uma das muitas polémicas decisões tomadas pelo multimilionário desde que comprou o Twitter. Na semana passada, Elon Musk baniu uma conta que monitorizava as viagens do seu jato privado, a @elonjet, a que se seguiu a suspensão em massa de jornalistas que fizeram a cobertura noticiosa desta decisão.
A expulsão da rede social de jornalistas como Donie O’Sullivan, da CNN, e Ryan Mac, do New York Times, levou vários populares utilizadores a abandonarem o Twitter e rumarem a outras redes sociais, principalmente para o Mastodon, cuja própria conta no Twitter foi suspensa devido à publicação de um link para a conta @elonjet.
Contudo, a decisão mais impopular foi tomada no domingo passado, dia em que o Twitter anunciou que iria proibir a publicação de links para outras redes sociais, como o Facebook, Instagram e Mastodon. Após nova sondagem, motivada pela reação esmagadoramente negativa dos utilizadores, a medida foi revertida. “A partir de agora, haverá votações para as decisões sobre alteração de políticas. As minhas desculpas. Não voltará a acontecer”, escreveu Musk em reação ao fiasco.
Going forward, there will be a vote for major policy changes. My apologies. Won’t happen again.
— Elon Musk (@elonmusk) December 18, 2022