Até Mark Zuckerberg, que teve um ano difícil, aumentou a sua riqueza astronómica. Elon Musk (na foto) lidera a tabela
2021 foi, mais do que outros anos, uma excelente altura para ser rico. De acordo com o Billionaires Index da Bloomberg, as 500 pessoas mais abastadas do mundo aumentaram as suas fortunas num total de 885 biliões (ou milhões de milhões) de euros durante o ano passado.
Só o homem mais rico do mundo, Elon Musk, aumentou a sua fortuna em 104 mil milhões de euros. Entre os grandes ganhadores estão também os fundadores da Google, Larry Page e Sergey Brin, com valorizações de 41 e 40 mil milhões, respetivamente.
Nem mesmo Mark Zuckerberg, cujo ano ficou marcado por denúncias de antigos trabalhadores e falhas de segurança da sua empresa, a Meta, “escapou” a esta subida, tendo ficado 22 mil milhões de euros mais rico em 2021.
De acordo com o mesmo índice, as 500 maiores fortunas do mundo juntas valem agora 7.500 biliões de euros, o que é, segundo a CNN, uma quantia superior aos PIB’s de todos os países menos os Estados Unidos da América e da China.
Estes números contrastam fortemente com os dados lançados pela Nações Unidas, no passado dia 17 de outubro, sobre a pobreza. A organização estimou que, em 2021, “entre 143 e 163 milhões de pessoas” seriam atiradas para a “pobreza extrema” fruto das circunstâncias decorrentes da pandemia de covid-19.
“Estes ‘novos pobres’ juntam-se às fileiras dos 1,3 mil milhões de pessoas que já vivem em pobreza multidimensional e persistente e que viram as suas privações pré-existentes agravadas durante a pandemia global.
O impacto da covid-19 tem sido o mais duro para as pessoas que, durante gerações, não tiveram igual acesso a bens e serviços públicos, sistemas de saúde de qualidade e forte proteção social, tornando mais difícil lidar com quaisquer ‘choques’.
Além disso, as medidas impostas para limitar a propagação da pandemia empurraram-nas frequentemente ainda mais para a pobreza - a economia informal, que permite a sobrevivência de muitas pessoas em situação de pobreza, foi praticamente encerrada em muitos países”, pode ler-se no site das Nações Unidas.