Eleições italianas: projeções dão vitória à coligação de direita

CNN Portugal , JGR, atualizado às 5:45
25 set 2022, 22:08

A confirmarem-se estes resultados, Meloni será a primeira mulher a chefiar um Governo em Itália. A contagem de votos ainda não está finalizada

As primeiras sondagens à boca da urna apontam para uma vitória da coligação de centro-direita nas eleições italianas, com o partido Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni, a liderar as preferências de votos.

Os primeiros resultados, avançados pela Rai News 24, aponta que a coligação de direita pode obter entre os 41% e os 45% dos votos. A frente de centro-esquerda aparece depois entre os 25,5% e os 29,5%. Já esta segunda-feira, pelas 05:30, o Corriere della Serra dá como certa a vitória de Meloni, embora os votos ainda estejam a ser contados e, por isso, não haja ainda um resultado oficial.

A confirmar-se, o partido de extrema-direita liderado por Giorgia Meloni vai ser o partido mais votado, com 22% a 26% dos votos. O Partido Democrático, de centro-esquerda, é o segundo 17% a 21% dos votos.

Quanto aos parceiros de coligação de Meloni, o melhor resultado deverá pertencer a Matteo Salvini da Liga Norte, com 8,5% e 12,5% das preferências. Já o antigo primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, do Força Itália, não vai além dos 8% das preferências.

Salvini foi mesmo o primeiro político a reagir, numa publicação no Twitter onde destaca a "clara vantagem tanto na Câmara quanto no Senado" e antecipa uma noite longa.

O partido populista Movimento Cinco Estrelas conseguiu ter um resultado entre 13,5% e 17,5% dos votos.

A confirmarem-se estes resultados, Meloni será a primeira mulher a chefiar um Governo em Itália.

Os números da abstenção foram maiores do que no ato eleitoral anterior, com 36% de acordo com o Ministério do Interior da Itália. Os níveis de votação foram especialmente baixos nas regiões do sul, incluindo a Sicília.

Tradicionalmente, os líderes dos partidos italianos só comentam os resultados definitivos das eleições, pelo que as primeiras reações políticas às eleições só devem acontecer amanhã. 

As assembleias de voto para as legislativas em Itália encerraram às 23:00 locais (22:00 em Lisboa). Mais de 50 milhões de italianos começaram este domingo a votar às 07:00 (06:00 em Lisboa) para eleger um novo parlamento e, até às 19:00 locais, a taxa de participação era de 51%, menos sete pontos do que nas eleições de 2018.

Recorde-se que direita e a extrema-direita conseguiram um acordo de coligação que poderá levar Giorgia Meloni ao poder, juntamente com o partido conservador Força Itália, do ex-primeiro-ministro Sílvio Berlusconi, e da Liga, de Matteo Salvini, conhecido pela sua política dura contra a imigração.

Em tese, o mandato do Governo acompanha o mandato do parlamento, que é de cinco anos, mas a Itália é conhecida pelas crises políticas e pelos muitos governos.

Desde as eleições de 2018, os italianos tiveram três governos: dois chefiados pelo líder do Movimento 5 Estrelas, Giuseppe Conte, e outro por Mário Draghi.

As eleições de hoje foram marcadas depois de o Movimento 5 Estrelas ter decidido abandonar a coligação governamental. O primeiro-ministro, Mário Draghi, optou por renunciar, em julho passado, fazendo cair o Governo, dois anos após a sua constituição.

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