Kamala tem Beyoncé, Trump não consegue acertar numa música

27 ago, 21:19

Da lista de cantores que notificaram ou processaram o candidato presidencial republicano por uso indevido das suas músicas na sua campanha fazem parte nomes como Beyoncé, Céline Dion ou Foo Fighters

O candidato presidencial republicano Donald Trump tem encontrado várias dificuldades para conseguir usar uma música que sirva como tema da sua campanha. Numa altura em que faltam menos de três meses para as eleições nos Estados Unidos, Trump tem já uma longa lista de artistas que o proibiram de utilizar os seus temas. Por outro lado, a candidata democrata Kamala Harris conseguiu uma autorização pela música "Freedom" de Beyoncé.

A cantora norte-americana, conhecida por apoiar candidatos do partido democrata, ainda não expressou qualquer apoio público a Harris, mas a autorização dada para a utilização da música como hino oficial da campanha aparenta mostrar de que lado está Beyoncé. Além disso, a equipa da cantora terá ameaçado o candidato Donald Trump com um processo judicial pelo uso indevido da mesma canção nas suas redes sociais.

De acordo com a revista Rolling Stone, a notificação enviada à equipa de Trump foi feita após o seu antigo porta-voz, Steven Cheung, ter utilizado a música como fundo num vídeo em que o candidato republicano saía do seu avião. A publicação na rede social X, foi entretanto apagada. 

Desde julho, mês em que Joe Biden se retirou da campanha presidencial, Kamala Harris tem utilizado "Fredoom" em todos os seus comícios, tal como no seu video de apresentação.

"My Hero" longe de pertencer a Trump

Os Foo Fighters foram a mais recente banda a juntar-se ao leque de artistas que denunciaram a utilização indevida da sua música. Durante o comício do partido republicano no Arizona, Robert F. Kennedy Jr. subiu ao palco para declarar apoio a Donald Trump, enquanto se ouvia o tema "My Hero" da banda de rock - o sobrinho do ex-presidente democrata John F. Kennedy abandonou recentemente a corrida presidencial a favor do candidato republicano.

Através da rede social X, os Foo Fighters foram questionados sobre o uso da música pela campanha republicana, o que a banda negou. 

Céline Dion foi outra artista que através das redes sociais mostrou o seu desagrado com a utilização da sua música 'My Heart Will Go On'. O tema associado à banda sonora do filme Titanic tocou num comício que juntava Trump e J.D. Vance - o seu candidato a vice-presidente -, no Estado de Montana.

Numa nota feita no Instagram, a equipa da cantora canadiana reiterou que não havia dado qualquer autorização para a utilização da música. 

"A equipa de gestão de Céline Dion e a sua produtora, Sony Music Entertainment Canada Inc., tomaram conhecimento do uso não autorizado do vídeo, gravação, performance musical e imagem de Céline Dion a cantar My Heart Will Go On num comício de Donald Trump e J.D. Vance em Montana", afirmou.

"Hold On I'm Coming", composta por Isaac Hayes - que morreu em 2008 - foi outro tema utilizado sem qualquer autorização pela campanha republicana, o que mostra que nem os artistas que já morreram escaparam a esta polémica. Como forma de desagrado, a família do cantor instaurou um processo contra o ex-presidente, no qual exigia o pagamento de 3 milhões de dólares (cerca de 2,6 milhões de euros). O valor foi pedido ainda em 2022, ano em que Donald Trump terá começado a utilizar as canções do artista. 

As eleições nos Estados Unidos estão marcadas para o dia 5 de novembro, numa altura em que Kamala Harris mantém-se à frente nas sondagens.

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