Presidente da República admite mesmo que a decisão possa ser tomada só depois do feriado de 10 de junho
O Presidente da República admite uma segunda audiência com a AD, o PS e o Chega na próxima semana e admite mesmo que este ano possa demorar mais tempo a formar Governo.
"Provavelmente ainda haverá para a semana que vem uma nova hipótese de ouvir os partidos que são, por ventura, mais determinantes em relação ao arranque da formação do Governo, ou seja o programa do Governo", antecipa Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, em Belém, lembrando que ainda falta apurar os votos nos círculos da emigração e que o PS vai ter uma substituição de liderança.
O chefe de Estado admite mesmo que, tendo em conta o feriado do 10 de junho, desta vez possa demorar mais tempo a formar Governo. "Se for possível ter antes dos feriados, muito bem, senão ficará para depois dos feriados", assume.
No ano passado, a AD demorou menos de um mês a formar Governo - foi eleita em 10 de março e formou Governo a 2 de abril.
Questionado sobre eventuais dificuldades de governabilidade tendo em conta a atual composição da Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que, "à primeira vista, não há razões para considerar que eles [os partidos] não queiram colaborar na governabilidade".
O Presidente da República recebe nesta terça-feira PSD, PS e Chega na sequência das eleições legislativas de domingo. O PSD de Luís Montenegro, que ganhou as eleições em coligação com o CDS-PP, é o primeiro a ser recebido em Belém, às 11 horas. Segue-se o PS, a segunda força mais votada de acordo com os resultados provisórios, às 15 horas, e, por fim, o Chega, que terminou a noite de domingo com o mesmo número de parlamentares eleitos que os socialistas (58), às 17:00
Os restantes partidos serão ouvidos "nos dias seguintes, até sexta-feira", indica Marcelo Rebelo de Sousa, sem adiantar horas concretas para as respetivas audiências.