André Ventura adia eleições independentes no Chega

16 abr 2022, 13:26
André Ventura no Congresso do Chega (Lusa / Nuno André Ferreira)

Observador revela proposta do líder do Chega, apresentada e aprovada na mesma reunião, que adia possibilidade de eleições independentes nas distritais do partido. Escolhas continuam a ser por nomeação. Possível candidato a Lisboa já não poderá sê-lo

Nomeação em vez de eleição. É assim nas estruturas locais do Chega e assim continuará a ser, durante pelo menos mais um ano. O Observador revela este sábado que André Ventura, líder do partido, apresentou uma proposta nesse sentido em Conselho Nacional a 9 de abril, proposta que acabou aprovada por 66 braços no ar dos 77 conselheiros presentes.

A proposta de Ventura não tinha sido anunciada, sendo apresentada e votada durante a reunião. Durante pelo menos mais um ano, as concelhias continuarão a ser nomeadas em vez de eleitas. Ainda segundo o Observador, Ventura terá argumentado que as concelhias não estão preparadas para eleições independentes, pelo será uma comissão para organizar o processo no futuro.

A decisão só não se aplica às distritais de Évora e Setúbal, que não têm neste momento órgãos eleitos. Mas aplica-se a Lisboa, a maior distrital do partido, para a qual estavam previstas eleições e já havia um possível candidato que já não poderá sê-lo: Nuno Afonso estaria a preparar-se para avançar para suceder a Pedro Pessanha, que foi eleito em janeiro deputado do partido.

Recorde-se que o Chega está em franco crescimento eleitoral no país, ao mesmo tempo em que surgem vozes discordantes internas quanto ao rumo do partido. Essas vozes, que foram audíveis no último congresso, criticam precisamente a falta de democracia interna para opiniões e propostas divergentes. Por outro lado, vários analistas têm sublinhado a juventude ou mesmo o amadorismo do partido na forma como lida com o seu próprio crescimento.

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