Eleições intercalares nos EUA: os seis estados que podem decidir o controlo do Senado

Agência Lusa , CE
7 nov 2022, 17:13
Bandeiras dos Estados Unidos a meia-haste após ataque em Uvalde (Timothy A. Clary/Getty Images)

Maioria das sondagens divulgadas nos últimos dias revelam que os Democratas vão ser prejudicados pela fraca popularidade do Presidente Joe Biden

Na véspera das eleições intercalares nos EUA, as sondagens indicam que dificilmente os Democratas manterão o controlo da Câmara de Representantes, mas os 35 lugares do Senado a votos serão decididos em seis estados.

O jornal Politico e a estação televisiva CNN acreditam que o controlo da câmara alta do Congresso dos Estados Unidos - atualmente com 50 lugares para cada partido, com o desempate favorável para os democratas pela vice-Presidente Kamala Harris – se vai disputar no Arizona, Geórgia, Nevada, New Hampshire, Pensilvânia e Wisconsin.

A maioria das sondagens divulgadas nos últimos dias – nas vésperas das eleições intercalares marcadas para terça-feira – revelam que os Democratas vão ser prejudicados pela fraca popularidade do Presidente Joe Biden, mas que podem ainda aspirar a manter o controlo do senado, se cerrarem fileiras em alguns estados onde está tudo em aberto.

Os analistas apostam em seis palcos de batalhas cruciais para o controlo do Senado: quatro estados atualmente controlados por Democratas e dois controlados por Republicanos, o que torna o partido do ex-Presidente Donald Trump (fortemente envolvido nestas campanhas) teoricamente favorecido, já que se houver uma divisão a meio destes casos, passarão a controlar a câmara alta do Congresso por 51 contra 49.

O jornal Politico aposta numa vitória dos Republicanos no Nevada e no Wisconsin, tirando proveito de um bom desempenho em campanha de Adam Laxalt (no primeiro estado) e de Ron Johnson (no segundo), mas admite que os democratas ainda podem aspirar a vitórias.

Com a candidata democrata Maggie Hassan a ter fortes hipóteses de vitória noutro estado crucial, New Hampshire, restam Arizona, Geórgia e Pensilvânia para obter o figurino final do Senado.

Ainda assim, várias sondagens indicam que os Republicanos têm ainda outros estados que podem vir a conquistar aos Democratas, como o Colorado e Washington, embora com menor probabilidade de sucesso.

Mas há outras batalhas eleitorais que vão prender as atenções na noite eleitoral, quer para a Câmara de Representantes, quer para os 36 lugares de governadores estaduais que vão a votos na terça-feira.

O quinto distrito de Connecticut, o 17º distrito de Nova Iorque e o segundo distrito de Virgínia serão terreno de batalha eleitoral acesa para a Câmara de Representantes, pelas possibilidades de alternância de cores partidárias, mas também pelas indicações que poderão dar sobre a capacidade de resistência dos Democratas e pela popularidade de Donald Trump, que apostou aqui muito do prestígio do seu nome ao lado dos seus candidatos.

Para a Câmara de Representantes, as sondagens parecem confortáveis para os Republicanos, com o jornal Politico a colocar 216 lugares (dos 435 em disputa, a totalidade) como altamente prováveis para os Republicanos e apenas 196 como altamente prováveis para os Democratas, com todos os outros indefinidos e 26 destes a serem considerados como “muito disputados”.

A estação televisiva CNN também vai centrar atenções na corrida para a escolha do governador do estado de Michigan, admitindo que o candidato Republicano Tudor Dixon (com um forte apoio por parte de Trump) poderá conseguir evitar a reeleição da governadora Democrata Gretchen Whitmer, o que constituiria um importante revés para o seu partido.

Também a vaga de governador de Oregon – lugar para que os Republicanos nunca conseguiram uma vitória – será muito disputada e os Democratas deparam-se com uma dificuldade acrescida: a entrada na corrida de uma independente, Betsy Johnson, que abandonou as fileiras dos Democratas e parece estar a ganhar a simpatia deste eleitorado.

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