António Costa Silva acredita que a proposta da Mutares “assegura manutenção da Efacec como grande projeto tecnológico e industrial" e acaba por minimizar "os encargos para o Estado"
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou esta quarta-feira a venda de 71,73% do capital da Efacec ao fundo alemão Mutares, numa conferência de imprensa que contou com a presença do secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes.
“Hoje decorreu um Conselho de Ministros eletrónico que seleciona a proposta apresentada pela alemã Mutares para a privatização da Efacec”, anunciou o ministro.
António Costa Silva acredita que a proposta da Mutares “assegura manutenção da Efacec como grande projeto tecnológico e industrial", acaba por minimizar "os encargos para o Estado", ao mesmo tempo que "preserva a força de trabalho, com a aposta qualificações, e reforça a capacidades de engenharia da empresa".
Na corrida à compra da posição de controlo que pertencia à empresária angolana Isabel dos Santos constava também um consórcio formado pela Visabeira e pela Sodecia, bem como dois fundos de private equity, o português Oxy Capital e o Oaktree.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias, segundo o ministro da Economia. “Até agora, o Estado colocou 132 milhões de euros, mais 85 milhões de euros em garantias”, indicou António Costa Silva, em resposta aos jornalistas, no Ministério da Economia.
O ministro adiantou ainda que, em princípio, os alemães vão mesmo adquirir 100% da empresa. Costa Silva disse ter “grande expectativa” de que o valor pode ser recuperado.
As restantes participações pertencem ao Grupo José de Mello, com 14%, e à Têxtil Manuel Gonçalves, que detém 14,27%.
A companhia liderada por Ângelo Ramalho fechou o ano com um prejuízo operacional de 90,6 milhões de euros. A situação financeira da empresa está cada vez mais difícil, o que obrigou o Estado a fazer elevadas injeções de capital.