Professores que foram a Bruxelas vão agora reunir com deputados da Assembleia da República

21 abr 2023, 15:40
Manifestação nacional de professores e educadores (António Pedro Santos/ Lusa)

Encontros marcados com Bloco de Esquerda, Iniciativa Liberal e Chega para a véspera do 25 de Abril. Há partidos que ainda nem responderam ao email enviado pelos docentes

Os professores que foram a Bruxelas reunir com eurodeputados portugueses têm encontro marcado com deputados da Assembleia da República para a próxima segunda-feira. A iniciativa de pedir reunião aos partidos com assento parlamentar surgiu depois dos encontros em Bruxelas e por sugestão precisamente dos eurodeputados com quem estiveram.

“Esperamos, acima de tudo, mostrar o que se passa realmente nas escolas. Temos a sensação que quem está fora da Educação não sabe o que se passa dentro das escolas. Esta alteração que houve ao regulamento de concursos é exemplo disso. É uma alteração com pontos que vão piorar e muito a situação de muitos profissionais envolvidos”, adianta João Afonso, professor há mais de 30 anos e um dos elementos do grupo que foi ao Parlamento Europeu e que estará também na Assembleia da República na segunda-feira.

“Queremos alertar para a necessidade de repensar a escola pública. Tem de ser diferente, tempos de a ver de outra forma. Daqui a meia dúzia de anos, não haverá professores nas nossas escolas. Já estão a faltar e não vemos uma única medida que vá no sentido de travar isto”, acrescenta.

João Afonso, professor de Educação Física na Escola Diamantina Negrão, em Albufeira, é um dos porta-vozes do grupo “Rumo a Bruxelas”, que assegura ser “totalmente isento” do ponto de vista sindical ou partidário. O docente garante que os professores estão mais unidos do que nunca e com a opinião pública totalmente do lado deles, como “indicam todas as sondagens e inquéritos”. “Isto, ao fim destes meses todos de luta, só é possível graças à mobilização dos professores e dos sindicatos”, acrescenta.

Ao pedido de reunião feito pelos docentes, Bloco de esquerda, Iniciativa Liberal e Chega já responderam positivamente. Com o PSD “não foi possível um encontro de agenda”. Partido Socialista, Partido Comunista Português, Partido Pessoas Animais e Natureza e Livre não responderam.

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