Os encarregados de educação dos 85 alunos reuniram esta quinta-feira à tarde com a direção e os professores da escola. As famílias estão “unidas e profundamente preocupadas com a interrupção súbita do percurso escolar das crianças”
Os pais e encarregados de educação da Escola Internacional de Aljezur apelam a “uma solução imediata para garantir a continuidade letiva” e querem a suspensão do despacho de encerramento do estabelecimento. As famílias reuniram esta quinta-feira à tarde com a direção e com os professores da escola, que foi encerrada compulsivamente há uma semana.
Em comunicado enviado às redações, as famílias garantem estar “unidas e profundamente preocupadas com a interrupção súbita do percurso escolar das crianças”. “O objetivo comum é proteger o direito das crianças à educação e assegurar um ambiente de aprendizagem estável”, pode ler-se no documento.
Os pais “desejam manter os seus filhos na Escola Internacional de Aljezur e pedem uma solução que evite interrupções nas aprendizagens e assegure estabilidade”.
“Reconhecemos o papel das autoridades educativas e estamos disponíveis para colaborar na procura de uma via que cumpra as exigências regulamentares e coloque as crianças em primeiro lugar”, dizem os pais, que constituíram uma comissão e estão a ter aconselhamento jurídico “para defender os superiores interesses das crianças”.
A escola, que está em funcionamento desde 2010, foi encerrada compulsivamente na última sexta-feira. O Ministério da Educação Ciência e Inovação (MECI) garante que a Escola Internacional de Aljezur tinha conhecimento de que ia ser encerrada e “tem recusado acatar as ordens administrativas de encerramento”. Por isso, na sexta-feira, “numa ação conjunta, a IGEC, a DGEstE e a GNR procederam ao encerramento compulsivo”.
O presidente da Câmara de Aljezur manifestou-se preocupado com o futuro dos 85 alunos que frequentavam a Escola Internacional de Aljezur, encerrada compulsivamente pelo Ministério da Educação na passada sexta-feira por “falta de autorização” de funcionamento.
“Fomos apanhados de surpresa, e estamos preocupados com o futuro dos alunos, até porque se trata de uma escola que funciona há cerca de 15 anos, sendo uma oferta diferenciadora para o concelho”, disse José Gonçalves à agência Lusa.
Os processos dos alunos foram recolhidos e entregues ao Agrupamento de Escolas Professora Piedade Matoso, em Aljezur. Ao todo, são 85 alunos abrangidos, do 7.º ao 12.º ano de escolaridade.
De acordo com o MECI, os alunos do 7.º ao 9.º ano serão integrados nas turmas do agrupamento público, de acordo com a idade.
Já os estudantes do ensino secundário (10.º ao 12.º ano) terão a sua colocação aferida individualmente, estando os serviços do ministério a acompanhar a situação.