Base aérea em causa é a sede de vários caças de quinta geração
Uma das mais importantes bases militares norte-americanas foi sobrevoada por inúmeros drones de paradeiro desconhecido, gerando alarme.
Tudo aconteceu na Base Aérea de Langley, no Estado norte-americano de Virgínia, que durante mais de duas semanas foi sobrevoada sempre à mesma hora, pouco depois do pôr do sol. De acordo com o Wall Street Journal, que cita fontes militares, as visitas começaram em dezembro.
Não é conhecida até ao momento a origem dos drones. Responsáveis do Pentágono, do FBI e do Departamento de Defesa prosseguem a investigação.
Foram colocadas em cima da mesa duas hipóteses: os drones são operados por entusiastas amadores ou por países como a Rússia ou a China. Contudo, as autoridades norte-americanas não estão convencidas de que amadores possam estar por detrás da operação.
Segundo informações a que o jornal norte-americano teve acesso, os drones em questão cumpriram um padrão de voo e uma frequência não associada a aparelhos comerciais fáceis de comprar.
Para além disso, os drones que sobrevoaram Langley são diferentes dos anteriormente avistados junto a infraestruturas de defesa, de acordo com o general Glen VanHerck, que esteve à frente do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte.
Outro ponto da investigação assenta no facto de a base aérea de Langley alojar vários caças de quinta geração F-22 Raptors. Segundo o Pentágono, um deles abateu em fevereiro do ano passado um balão de espionagem chinês ao largo da costa da Carolina do Sul, utilizando um míssil AIM-9X Sidewinder.
Estes caças foram agora transferidos para outra base e as missões de treino noturno foram suspensas, enquanto a investigação prossegue. Isto porque, a menos que constituam uma ameaça iminente, os drones não podem ser abatidos perto de bases militares, de acordo com a lei norte-americana.
