Cento e dez quilos de cocaína transportados em caixas, na zona do porão do avião. Há quatro detidos. Dois são funcionários do aeroporto
A Polícia Judiciária deteve, numa grande operação contra o narcotráfico internacional, quatro homens, todos portugueses, suspeitos de tráfico de droga e que pertenciam a um grupo criminoso que atuava no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Dois dos detidos trabalham numa empresa de handling que presta serviço no aeroporto, já os outros dois suspeitos atuavam como recetores da droga que chegava à Portela.
Em comunicado, a PJ anuncia que, no âmbito desta operação, a que chamou “Limpeza Profunda II”, foi apreendida uma elevada quantidade de cocaína num voo que acabara de chegar a Lisboa oriundo da América Latina, suficiente para 1.100.000 (um milhão e cem mil) de doses individuais caso chegasse ao mercado ilícito.
A operação da Judiciária foi um duro golpe nesta organização criminosa. O esquema usado passava por transportar cocaína, com elevado grau de pureza, em caixas, na bagagem que quando chegava a Lisboa era retirada para escapar à fiscalização.
A PJ adiantou que as detenções ocorreram em flagrante delito, “no âmbito de uma investigação em curso sobre um grupo criminoso que, através de voos de linha aérea regular, se dedicava à introdução de grandes quantidades de produtos estupefacientes em território nacional”.
O avião da TAP tinha partido de São Paulo e tinha Lisboa como destino. A cocaína destinava-se ao mercado nacional.
Depois do primeiro interrogatório de arguido detido, os quatro suspeitos, com 29, 30, 33 e 51 anos, ficam a aguardar o desenrolar da investigação em prisão preventiva.
Além da droga, a PJ apreendeu ainda “elevada quantidade de dinheiro em notas, três viaturas automóveis de alta cilindrada, telemóveis e diversa documentação com relevância” para a investigação.
As detenções decorreram através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, com “relevante apoio” da PSP.
