O vazio que elas deixaram: imagens que contam a história das pessoas que a pandemia levou
O que parece apenas uma cadeira vazia é afinal uma dolorosa lembrança de que a enfermeira Jennifer McClung já não vai voltar. A mãe ainda imagina a filha a percorrer o corredor e a regressar ao seu local de trabalho. "Ainda não aceitei que ela partiu. Quer dizer, um corpo está aqui um dia a falar e a rir-se e a amar e, de repente, puff, já não está."
No quarto de Donovan, no Arizona, nos Estados Unidos, a cama ainda está feita e os bonecos alinhados em cima da cómoda parecem ter acabado de vir de mais uma batalha nas mãos do jovem de 13 anos que morreu em novembro, vítima de complicações associadas à covid-19.
Os irmãos Adam Almonte e Fernando Morales costumavam sentar-se sempre no mesmo banco do parque Fort Tryon, em Nova Iorque. Fernando morreu no dia mais mortífero da pandemia na cidade, em Abril de 2020. Nesse dia morreram 816 pessoas. Agora, Adam senta-se no mesmo banco e apenas vê o vazio.