Trump acha que há demasiados impostos na Europa e deixa uma solução (e uma ameaça): "Venham para a América ou vão ter de pagar uma tarifa"

23 jan, 16:43
Donald Trump discursa no Fórum de Davos (Michael Buholzer/EPA)

Discurso no Fórum Económico Mundial de Davos foi feito o mesmo tom de toda a semana

Donald Trump adora a Europa, tal como adora a Rússia. O presidente dos Estados Unidos tem distribuído juras de amor nos primeiros dias de mandato, mas minutos depois de as professar vem sempre um “mas”.

Depois do “mas” dirigido à Rússia e a Vladimir Putin, o presidente dos Estados Unidos falou para a Europa ouvir. Em videoconferência transmitida no Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, Donald Trump garantiu que tem “amigos na Europa”, mas queixou-se do “tempo que demora para as coisas sere aprovadas”, nomeadamente na União Europeia.

“Eu enviei pessoas para a União Europeia para ver se consigo acelerar uma aprovação simples que a Irlanda me deu há uma semana”, continuou, dizendo que percebeu logo que isso seria um problema.

Repetindo uma ideia deixada já esta semana, Donald Trump reiterou que a União Europeia trata os Estados Unidos “muito, injustamente, muito mal”, garantindo que tem “queixas muito grandes” em relação aos 27.

“Têm um grande imposto e um imposto de IVA, que é substancial. Na prática não compram os nossos produtos agrícolas ou os nossos carros. Colocam tarifas às coisas que queremos produzir”, disse, para depois fazer uma inversão.

“Eu adoro a Europa, adoro os países europeus, mas o processo é incómodo e tratam os Estados Unidos muito injustamente com os impostos que impõem”, sublinhou para uma sala cheia de pessoas.

Por isso mesmo, e antevendo uma incapacidade da burocracia europeia lhe dar o que pretende, Donald Trump tem uma proposta diferente: “A minha mensagem para todos os negócios do mundo é muito simples. Venham fazer os vossos produtos na América e vamos dar-vos os impostos mais baixos na Terra”.

“Se não fizerem os vossos produtos na América… vão ter de pagar uma tarifa”, atirou, terminando um discurso em que manteve a lógica protecionista e em que defendeu as ideias já deixadas na tomada de posse, nomeadamente o investimento no petróleo.

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