De acordo com os serviços secretos, o ex-presidente está fora de perigo. Uma pessoa que estava na audiência morreu e o atirador também morreu
Donald Trump teve de ser retirado de um comício, em Butler, na Pensilvânia, durante este sábado, depois de terem sido ouvidos vários tiros. O candidato do Partido Republicano saiu ferido do local, sendo possível ver sangue na sua orelha direita. Mais tarde o próprio Donald Trump confirmou, através das redes sociais, que foi atingido por uma bala na orelha.
— Team Trump (Text TRUMP to 88022) (@TeamTrump) July 14, 2024
O caso já está a ser investigado como uma tentativa de assassínio, confirmaram várias fontes das autoridades à CNN. Os serviços secretos confirmaram ainda que foram disparados vários tiros a partir de uma "posição elevada", de uma zona fora do recinto onde decorria o comício.
"Durante o comício de Trump em Butler, Pensilvânia, na tarde de 13 de julho e aproximadamente às 18:15, um atirador suspeito disparou uma série de tiros a partir de uma posição elevada fora do recinto", revela um comunicado divulgado pelas autoridades, que também confirmaram a morte do atirador.
"Os serviços secretos responderam prontamente com medidas de segurança e o ex-presidente Trump está seguro. Um espectador morreu e dois outros estão em situação crítica. O incidente está a ser investigado e os serviços secretos notificaram o FBI", acrescentou o chefe de comunicações das secretas norte-americanas, Anthony Guglielmi.
Membros das forças de segurança confirmaram, entretanto, que o atirador estava escondido num telhado fora do recinto, pelo que não foi possível fazer qualquer revista ou fazer o suspeito passar pelos detetores de metais ou outras barreiras de segurança.
"Seria preciso uma espingarda para isto", disse uma das fontes dos serviços secretos à CNN, confirmando que o atirador estava a "centenas de metros" do local.
O procurador do condado de Butler confirmou à CNN que o presumível atirador foi morto pelas forças de segurança, sendo que um dos espectadores que estavam no comício também morreu.
De resto, segundos após os tiros terminarem foi possível ouvir alguém gritar “atirador abatido, atirador abatido”.
Segundos após terem sido ouvidos vários disparos, a multidão começou a gritar e Donald Trump caiu agarrado à orelha. Os agentes dos serviços secretos presentes no local acorreram de imediato ao palco, garantindo que a segurança era restabelecida. O atirador foi imediatamente "neutralizado" e um dos espectadores morreu.
Cerca de um minuto depois de cair, e perante o suspense de toda a audiência, Donald Trump levantou-se com sangue na orelha e de punho no ar, aliviando os apoiantes, que festejaram ao perceber que o candidato estava bem.
O porta-voz de Donald Trump, Steven Cheung, disse que o ex-presidente “está bem”. “O presidente Trump agradece às autoridades e aos socorristas pela sua ação rápida durante este ato hediondo. Ele está bem e está sendo examinado em um centro médico local. Mais detalhes virão”, disse Cheung em comunicado, citado pela CNN.
O momento estava a ser transmitido em direto em várias televisões norte-americanas, que apanharam o momento dos disparos e tudo o que se seguiu.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já está a par da situação, confirmou a Casa Branca. O próprio Joe Biden partilhou, pouco depois, uma mensagem na rede social X, onde afirmou estar a "rezar" por Trump e pela sua família, além de todos aqueles que estavam no comício.
I have been briefed on the shooting at Donald Trump’s rally in Pennsylvania.
I’m grateful to hear that he’s safe and doing well. I’m praying for him and his family and for all those who were at the rally, as we await further information.
Jill and I are grateful to the Secret…
— President Biden (@POTUS) July 13, 2024
Em paralelo, o também candidato presidencial Robert F. Kennedy, que corre de forma independente, pediu unidade após o incidente: “Agora é a hora de todos os americanos que amam o nosso país se afastarem da divisão, renunciarem a toda a violência e se unirem em oração pelo presidente Trump e pela sua família”, disse numa publicação no X.
O governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, condenou a violência política: “A violência dirigida a qualquer partido político ou líder político é absolutamente inaceitável”, escreveu Shapiro em X. “Não tem lugar na Pensilvânia ou nos Estados Unidos."
"A violência política é absolutamente inaceitável", disse também o histórico democrada Bernie Sanders.