Procuradoria de Manhattan admite adiamento de sentença de crimes de Trump

Agência Lusa , ARC
19 ago, 19:00
Donald Trump (EPA)

Os advogados do candidato à Casa Branca pediram o adiamento da sentença, marcada para 18 de setembro, para depois das eleições presidenciais de 5 de novembro

O Ministério Público de Manhattan, que moveu o processo-crime contra o ex-Presidente Donald Trump por pagamentos ilegais a uma atriz pornográfica, admitiu esta segunda-feira um possível adiamento da sentença pedido pela defesa.

Os advogados do candidato republicano à Casa Branca pediram na passada quinta-feira o adiamento da sentença, marcada para 18 de setembro, para depois das eleições presidenciais de 5 de novembro, devido às potenciais implicações da decisão do Supremo Tribunal dos EUA sobre a imunidade presidencial.

O Ministério Público respondeu que aceita que seja o tribunal a decidir “se um atraso (na sentença) é justificado para permitir um litígio de recurso disciplinado sobre esta questão (a da imunidade presidencial) ou para reduzir o risco de uma pausa prejudicial por um tribunal de recurso".

A sentença de Trump estava inicialmente marcada para julho, mas foi adiada para 18 de setembro na sequência de um pedido da defesa ao juiz Juan Merchan para estudar a decisão do Supremo Tribunal que concede ao ex-Presidente imunidade criminal e decidir sobre o seu impacto na pena.

O magistrado pronunciar-se-á sobre o assunto no dia 16 de setembro, dois dias antes da sentença.

O advogado de Trump, Todd Blanche, pediu o adiamento da sentença, argumentando que a decisão do juiz deixará um "período injustificadamente curto" para preparar um recurso se decidir não anular a condenação, alegando que se trata de uma "ingerência eleitoral", uma vez que nessa altura a votação antecipada terá começado já em alguns estados.

Em maio, um júri considerou Trump culpado de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais relacionadas com um pagamento para silenciar a atriz Stormy Daniels, com quem alegadamente teve um caso no passado, para proteger a sua candidatura presidencial de 2016.

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