Polícia brasileira diz que suspeitos do homicídio do jornalista britânico e ativista brasileiro "agiram sozinhos", mas avisa: vai haver mais detenções

Agência Lusa , FMC
17 jun 2022, 17:48
Jornalista britânico e indígena brasileiro desaparecem na Amazónia (Getty Images)

As autoridades brasileiras indicam ainda assim que há indícios "da participação de mais pessoas na prática criminosa"

As autoridades brasileiras acreditam que os responsáveis pela provável morte de um jornalista britânico e de um ativista brasileiro na Amazónia “agiram sozinhos”, numa altura em que admitem que vai haver mais detenções.

De acordo com um comunicado do comité de crise, coordenado pela Polícia Federal, as investigações “apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito”.

Ainda assim, as autoridades indicam haver “indicativos da participação de mais pessoas na prática criminosa” e que “com o avanço das diligências, novas prisões poderão ocorrer”.

Na quarta-feira à noite, as autoridades brasileiras encontraram restos humanos no local onde um dos principais suspeitos confessou ter assassinado o jornalista britânico Dom Phillips e o ativista brasileiro Bruno Araújo Pereira, numa zona remota da Amazónia.

As autoridades acreditam que os dois estão mortos, apesar de os corpos ainda terem de ser identificados.

Os corpos chegaram na quinta-feira à noite a Brasília num avião da Polícia Federal.

Phillips e Araújo desapareceram a 5 de junho quando navegavam num rio no Vale do Javari, uma região de selva perto das fronteiras do Brasil com o Peru e a Colômbia, onde tinham viajado para recolher material para um livro em que o jornalista estava a trabalhar sobre as ameaças enfrentadas pelos indígenas na região.

As duas pessoas detidas até agora são dois irmãos pescadores da região que Bruno Araújo já tinha denunciado por praticarem pesca ilegal em zonas proibidas, como reservas indígenas.

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