Porque ainda tememos a bola de Berlim nas férias? 5 dicas para o equilíbrio

Versa - parceira CNN Portugal , Rafaela Simões
11 ago, 11:30
Bola de Berlim | Fotografia: Unsplash

Férias são férias, mas nem sempre a mente tem descanso. No que toca à alimentação, as preocupações devem cair por terra e a nutricionista Rita Ribeiro deixa cinco dicas.

As férias são, normalmente, motivo de entusiamo, mas existem casos em que surge associado a uma certa ansiedade gerada pela nova rotina alimentar, que, tal como os horários e atividades, muda no período de férias com a introdução de hábitos menos saudáveis face ao dia a dia.

É o álcool ingerido nos convívios, são os petiscos com queijos e enchidos, são as bolas de Berlim na praia... Mas porque ainda continuamos, ano após ano, a temer tudo isto?

A nutricionista Rita Ribeiro, da clínica Fisiogaspar, explica como podemos ir e voltar de férias sem sentimentos de culpa e com uma balança equilibrada, não em termos de números, mas de saúde, física e mental.

No que toca à alimentação e peso, porque é que continuamos a temer as férias grandes?
Essencialmente porque ainda não existe a conscientização necessária de que a alimentação e comportamentos, em termos de estilo de vida, que temos durante todo o ano (e, portanto, na maior parte do tempo) são os que mais importam e o que refletirão a base do nosso sucesso e resultados. Será natural que a rotina alimentar se altere consoante determinadas alturas do ano, mas não deverão ser determinadas épocas festivas a principal preocupação, porque o “trabalho” já deveria estar a ser feito, de forma consistente, ao longo do ano.

As bolas de Berlim ainda são muito diabolizadas. De que forma podemos viver em paz nas férias ao comer uma bola de Berlim?
Compreendendo que podem perfeitamente ser integradas, quando inseridas no contexto de uma alimentação, e estilo de vida, saudáveis. Não são alimentos em isolado que definem o nosso padrão alimentar e a forma como nos alimentamos, na maior parte do tempo. Devemos prezar por praticar uma alimentação completa, variada e equilibrada, com especial abundância de alimentos de origem vegetal (hortícolas, fruta, leguminosas) na sua base, mas muitas vezes a única altura do ano em que se comem bolas de Berlim é, precisamente, na praia. Para quem faça sentido e tenha o devido prazer em degustar este bolo, deve permitir-se a tal, sem punições. No entanto, há que ter bom senso: será necessário comer uma bola de Berlim todos os dias? Certamente que não, mas também não tem que ser excluída por completo.

Os convívios levam muitas vezes ao consumo de álcool. De que forma recuperar o corpo?
Por muito que custe, não existe uma dose recomendada e segura para o consumo de álcool. O ideal será não beber ou beber o mínimo possível. Mas o ato de nos alimentarmos vai além de apenas necessidade fisiológica, também somos seres sociais e prezamos pelo convívio e gostamos de ter prazer. O consumo de álcool tem tendência a aumentar em determinadas épocas do ano, principalmente em convívios de verão, pelo que, para quem faça sentido, pode ser interessante reduzir as quantidades de bebida que faz, evitar bebidas mais destiladas, ir intercalando com o consumo de água (antes, durante e após), garantir que existe uma boa refeição antes do momento do início da ingestão e incluir hortícolas, fruta e água no dia seguinte.

5 ideias chave para manter o equilíbrio alimentar durante as férias para que não seja "vale tudo" ou restrição máxima?

1. Garantir o consumo dos básicos (hortícolas e fruta)

2. Iniciar o dia com um bom pequeno-almoço, que inclua fruta e alimentos com proteína (ovos, leite, queijos e iogurtes magros)

3. Ter bom senso e consciência alimentar

4. Controlar as porções e quantidades do que se come e bebe

5. Manter-se ativo

 

Imagem no topo: Bola de Berlim | Fotografia: Unsplash

 

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