PSP recebeu mais de 2.000 denúncias de violência no namoro

Agência Lusa , CM
14 fev 2022, 06:46

Maioria dos relatos apresentados à Polícia de Segurança Pública envolveram tanto violência psicológica como física. A maior parte das vítimas são do género feminino

No ano passado foram registadas mais de 2.000 denúncias de violência no namoro, sendo a maioria das vítimas do género feminino. A PSP inicia, por isso, esta segunda-feira, uma operação de sensibilização nas escolas para a prevenção deste fenómeno.

“Em 2021 foram registadas mais de 2.215 denúncias de violência no namoro, sendo a grande maioria das vítimas do género feminino”, indica a direção nacional da PSP em comunicado.

A maioria dos relatos de violência no namoro apresentados à Polícia de Segurança Pública envolveram tanto violência psicológica como física.

Para assinalar o Dia de São Valentim, a PSP inicia nas escolas portuguesas uma operação de sensibilização e informação, que vai decorrer até 25 de fevereiro, “reforçando o compromisso da prevenção da violência doméstica e, em particular, da violência no namoro”.

De acordo com esta força de segurança, a operação destina-se aos alunos do terceiro ciclo do ensino básico e do ensino secundário - faixa etária dos 13 aos 18 anos -, através dos polícias que integram o Programa Escola Segura.

“A intervenção precoce é um dos princípios de atuação consagrado na legislação de menores em Portugal e, particularmente nesta matéria, são reconhecidos os efeitos negativos na formação da personalidade e referências sociais das crianças quando expostas à violência em ambiente familiar”, sublinha a polícia.

A PSP considerou ainda que a replicação desses comportamentos nas relações de namoro “são um indício da necessidade de intervenção especializada” e apelou à denúncia da violência, quer seja no namoro ou em qualquer outro contexto.

“As vítimas, ou qualquer outra pessoa que tenha conhecimento da situação, devem apresentar queixa nas esquadras ou procurar ajuda junto das Equipas da Escola Segura (contexto escolar) ou das Equipas de Proteção e Apoio à Vítima”, salienta a direção nacional da PSP.

 

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