Já foram libertados os cinco ativistas climáticos detidos após reunião com ministro da Economia

Cláudia Évora | Rita Barão Mendes | Ana Botto , Notícia atualizada às 23:37
15 nov 2022, 17:55

Jovens estiveram detidos na 4.º Esquadra de Lisboa, no Martim Moniz, durante quatro horas

Já foram libertados os cinco ativistas climáticos que tinham sido detidos por se colaram à entrada do edifício do Ministério da Economia e do Mar, em Lisboa, impedindo assim a entrada e saída do edifício. Foram libertados por volta das 22:00, quatro horas depois da detenção. 

As detenções, realizadas por elementos da PSP, ocorreram pouco depois de António Costa Silva ter estado reunido com um grupo de jovens representantes do movimento "Fim Ao Fóssil: Ocupa!", que tem nas últimas semanas ocupado várias escolas em defesa das alterações climáticas.

Ao que a CNN Portugal conseguiu apurar, os detidos foram encaminhados para a 4.º Esquadra de Lisboa, no Martim Moniz, e serão ouvidos em tribunal na quarta-feira.

Estes jovens estudantes têm insistido na renúncia do ministro da Economia e no encontro desta terça-feira, que durou menos de 30 minutos, entregaram uma "carta de demissão" ao governante. 

"O diálogo com os jovens tem de ser mantido"

No final do encontro com os ativistas climáticos, António Costa Silva disse aos jornalistas que quer manter o diálogo, porque "não podemos construir um país com futuro sem os jovens". 

Quanto à insistência na sua demissão, o ministro apelou aos jovens que deixem de se concentrar no seu passado e que discutam o presente e o futuro. 

"A minha demissão é um ponto central da reivindicações dos jovens, mas também estava à espera que houvesse propostas, porque nós estamos a responder à ameaça climática, que é uma ameaça absolutamente essencial e que é preciso acelerar a resposta. Temos todo um conjunto de políticas que tive oportunidade de explicar (...), mas eles não querem discutir estas questões, centraram-se no meu passado, no meu percurso."

Questionado sobre se se sente injustiçado, António Costa Silva afirmou que os jovens "têm todo o direito e legitimidade" de pedir a sua demissão, mas que fez o possível para esclarecer algumas das medidas que o Governo tem no âmbito do combate à utilização dos combustíveis fósseis, até porque a carta que lhe foi entregue "tinha vários factos falsos". 

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