DESTINO: 80s redescobre a maravilhosa história de Elzo. O médio foi a grande figura do Brasil no México-86 e passou dois anos cheios de vida no Estádio da Luz. Fala-se do Pantera Negra, de Diamantino que era como Zico e de um sermão histórico de Telê Santana
DESTINOS é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINOS.
ELZO: Benfica (1987 a 1989)
Onze ideal para a FIFA do México-86? Schumacher; Josimar, Amoros, Júlio César; Ceulemans, Platini, ELZO e Maradona; Elkjaer Larsen, Lineker e Butragueño.
Lá está ele, Elzo, entre Platini e Maradona. O médio brasileiro foi a grande figura da canarinha nesse torneio e, um ano depois, a contratação-surpresa do Benfica.
O Maisfutebol reencontra-o em Minas Gerais. 58 anos, corpo de atleta, uma incrível história de vida, já merecedora de uma estátua e de várias comendas.
Cansado do futebol brasileiro, Elzo tornou-se um empresário de sucesso - é responsável pela distribuição de 25 por cento da cerveja Brahma no seu estado - e dedica a vida a homenagear a memória do seu filho, Elzo Túlio.
Um DESTINOS com lágrimas, memórias e algumas gargalhadas.
ELZO NO CAMPEONATO NACIONAL:
. 1987/1988: Benfica, 22 jogos/1 golo (2º lugar)
. 1988/1989: Benfica, 16 jogos (1º lugar)
TROFÉUS: Campeão Nacional (1988/1989)
Maisfutebol – 30 anos depois de sair do Benfica, o que faz o Elzo aí no Brasil?
Elzo – Tenho uma vida cheia, repleta. Moro em Minas Gerais e faço palestras motivacionais por todo o país, e até no estrangeiro. Tenho um restaurante, uma loja de desporto, ações em algumas empresas e, acima de tudo, o Instituto Elzo Túlio. Este projeto é o mais importante da minha vida. Ajudo 470 crianças. Perdi o meu filho num acidente de automóvel, em 2009, e criei este instituto. Perdi um filho e ganhei 470. Agarrei-me a esse trabalho social para suportar a minha perda. Fazemos um trabalho muito bom. Também fui treinador durante 12 anos, mas fiquei farto das confusões do futebol brasileiro.
MF – Tem visitado Portugal nos últimos anos?
E – Sim, estive em Portugal em 2018 e até fui convidado para falar na televisão do Benfica. Fiquei muito feliz por ver como está o clube atualmente. Cresceu muito, principalmente ao nível estrutural.
MF – O seu Benfica era muito diferente?
E – Já tínhamos uma estrutura boa em 1987, mas o centro de treinos atual é fabuloso. A antiga Luz levava 120 mil pessoas, metia medo a quem entrava lá, tenho saudades de jogar naquele relvado.
MF – Vamos, então, até 1987. O Elzo fez um Mundial de 1986 de alto nível e optou por assinar pelo Benfica, um ano depois. Porquê?
E – O Benfica acertou a minha contratação logo a seguir ao Mundial, com a condição de eu ficar mais um ano no Atlético Mineiro. Essa abertura do clube agradou-me bastante. Eu até tive mais convites, inclusivamente do Real Madrid. Cheguei a sentar-me com as pessoas do Real, mas no final optei pelo Benfica porque tinha também o grande sonho de conhecer e trabalhar com o Eusébio.
MF – E como foi essa relação com o Eusébio?
E – Perfeita, perfeita. O próprio Pelé dizia que o Eusébio tinha sido o melhor do mundo, depois dele. Hoje fala-se do Cristiano Ronaldo, que é o melhor, mas as pessoas têm de saber que o Eusébio tinha o mesmo estatuto. Portugal sempre teve grandes jogadores: Diamantino, Carlos Manuel, Futre, Figo…
MF – Como era esse Benfica de 87?
E – Uma equipa muito forte. Shéu, Rui Águas, Diamantino, Carlos Manuel, Silvino, um plantel de enorme categoria técnica. Jogadores de alto nível. Depois cheguei eu, o Mozer, o Magnusson, o próprio Valdo. O Benfica construiu uma das melhores equipas da Europa e, por isso, fomos à final da Taça dos Campeões Europeus.
MF – Quem era o melhor de todos esses jogadores?
E- Eu adorava o Diamantino. Comparava-o ao Zico. Eu joguei com o Zico na seleção e o Diamantino tinha um futebol muito parecido: criatividade, rapidez, improviso. O Diamantino ajudou-nos muito, era um atleta diferenciado, e fez-nos muita falta na final europeia de Estugarda. Teve uma lesão uma semana antes do jogo contra o PSV. Ele era o Zico do Benfica e o meu maior ídolo no futebol português nessa altura. Também adorava o Rui Águas, um avançado.
MF – Nessa final contra o PSV, decidida nos penáltis, o Elzo até foi o primeiro a marcar.
E – Fui, fui lá sem medo e até tenho uma história engraçada sobre isso.
MF – Por favor, conte tudo.
E – O Eusébio chamou-me para comunicar que eu seria o primeiro a bater o penálti. Eu não me tinha preparado para isso, nem estava habituado a marcar grandes penalidades. Então virei-me para o Eusébio, que era o nosso técnico auxiliar, e fiz um pedido: ‘senhor Eusébio, eu não estou habituado a isto nem conheço o guarda-redes deles [Van Breukelen]. Para que lado eu hei-de bater?’. O Eusébio, muito engraçado, respondeu assim: ‘eu escolho-te para isso e tu, em vez de me agradeceres, ainda me perguntas como tens de fazer o teu trabalho?’. Bati e bati muito bem, ao cantinho. O Eusébio veio logo ter comigo, a sorrir: ‘Elzo, eu tinha a certeza que tu não ias falhar’. Ele era assim, já fazia aquilo a que hoje chamam psicologia invertida, ah ah ah. Num momento de nervosismo e responsabilidade, o Eusébio arranjou uma forma de me relaxar. Pelo menos tentou, ah ah ah.
VÍDEO: a final de Estugarda e o penálti de Elzo (3m48s)
MF – Só o Veloso é que falhou o penálti.
E – Coitado do Veloso, ele nem conseguia olhar para nós. Deu a cara para bater, mas falhou. Qualquer um pode falhar, é uma responsabilidade enorme. Ninguém o culpou, mas ele no fim estava destroçado.
MF – O Eusébio era um homem próximo do plantel?
E – Muito, estava sempre no meio de nós. Os meus dois primeiros amigos no Benfica foram o Veloso e o Eusébio. Era meu ídolo e ficava no final dos treinos a bater livres comigo. A ensinar-me como bater na bola, como colocar o corpo. Ele já não era jovem e fazia golos impressionantes, ali meio manco, ah ah ah. Tenho outra boa história com ele.
MF – Ótimo.
E – Aconteceu em Montpellier, na Taça UEFA [0-3 para o Benfica, 7 de setembro de 1988]. Nesse jogo, o Veloso bateu um livre lateral, meteu a bola em mim, eu cruzei e dei golo. Eu e o Eusébio tínhamos ensaiado essa jogada num dos treinos anteriores. Claro que eu fui logo ter com ele ao banco. Fui a correr para abraçá-lo e o Eusébio virou-se para mim: ‘Ó Elzo, ainda jogo muito, não jogo?’. Ah ah ah, o Eusébio era uma peça. Foi ele que me ensinou essa jogada, essa é a verdade. Fiquei muito feliz com todas as homenagens que o Benfica lhe fez. Ele merece tudo.
MF – Ter o Eusébio no balneário devia impor respeito.
E – Claro, imenso. E eu vinha de um balneário que tinha só estes dois meninos: Zico e Sócrates. Na minha altura era quase impossível entrar nessa seleção brasileira e eu consegui. Mas conhecer o Eusébio… aquilo marcou-me muito. Nunca vou esquecer o nosso primeiro abraço: ‘Elzo, olha bem para este emblema, a partir de agora ele é a tua casa’.
MF – Consegue escolher a sua melhor exibição ao serviço do Benfica?
E – Eu acho que fiz uma grande exibição na final contra o PSV, por exemplo. Mas a melhor, na minha opinião, foi uma que fiz em Alvalade, na tarde em que confirmámos o título de campeão [0-2 para o Benfica, 14 de maio de 1989]. Foi o meu ultimo jogo pelo Benfica, curiosamente. E também adorei o jogo em Montpellier. Ainda me lembro da manchete do jornal A Bola: «Elzo, o maestro da orquestra». Diria que esses três foram os meus melhores jogos no Benfica.
VÍDEO: Elzo no dérbi do título de 1989 (imagens RTP)
MF – O maior adversário do seu Benfica nessa altura era o Porto ou o Sporting?
E – O Porto, claramente. Era mais forte, havia uma rivalidade enorme. Eles tinham sido campeões da Europa e havia uma espécie de respeito especial no nosso balneário. Tinham uma equipa espetacular, com o meu amigo Branco.
MF – Lembra-se da celebração do título de 89?
E – Ser campeão pelo Benfica é inesquecível, lembro-me de tudo. Os adeptos do Benfica invadiram o relvado de Alvalade, foi uma loucura. Eu fui um dos melhores em campo e tive de largar camisola, calções, tudo, ah ah ah. Eu até tinha pedido ao mister Toni para sair, estava muito cansado, mas no final tive de correr mais um pouco. Ofereci a camisola desse jogo ao Toni. Ele era um tipo espetacular, mereceu muito esse título. Era um grande treinador, tinha uma educação irrepreensível e sabia o que dizer aos atletas. Sabia como falar connosco, sem gritar.
MF – Quem era o melhor amigo do Elzo nesse Benfica?
E – Sempre fui uma pessoa acessível e dava-me bem tanto com o Eusébio como com o tratador da relva. Para vocês terem uma ideia, nas minhas folgas levava a minha casa muitas vezes a malta que trabalhava na rouparia do clube. Jantavam lá, sem problemas. Também fiquei muito amigo de um grupo de 20 ou 30 reformados, que estavam todos os dias à porta do Estádio da Luz. Quando perdemos a final europeia, esse grupo estava à minha espera. À porta da minha casa, com ramos de flores e garrafas de vinho português. Nem sei se estão todos vivos, mas lembro-me dos nomes de alguns: o sr. Lima, o sr. Vasco, o sr. Neves. Parece impossível uma coisa dessas no futebol moderno, não é? Eu tratava-os como meus amigos, como meus irmãos. Queria também mandar um grande abraço ao Barbas. Um grande amigo, emocionei-me muito quando fui ao restaurante dele na Costa da Caparica. Aproveito para agradecer o trabalho da dona Ivone, uma assessora do Benfica. Ela falou com vários antigos colegas meus do clube e proporcionou-me momentos maravilhosos.
MF – Percebe-se que teve uma ligação forte com o Benfica. Por que motivo só ficou dois anos?
E – Eu assinei um contrato só de duas épocas e, por infelicidade nossa, no final desse contrato a minha esposa teve um grave problema de saúde. Por isso não renovei com o Benfica. Adoraria ter continuado em Portugal, mas precisei de regressar ao Brasil. Mas saí a bem e jamais esquecerei a festa de despedida que os meus amigos me fizeram no aeroporto de Lisboa. Fiquei benfiquista até hoje, é o meu clube do coração. Não é o Palmeiras, nem o Atlético Mineiro. Amava regressar ao clube e dar tudo aquilo que o clube me deu. Fui sempre o primeiro a chegar e o último a sair, adorava estar naquele estádio, naquele balneário.
MF – É verdade que nunca viu um cartão vermelho na carreira?
E – É, sim. Não se acreditam? Ah ah ah ah.
MF – Para um médio isso é notável. E quase impossível.
E – Entendo e concordo. Mas poucos jogavam tão bem em antecipação como eu. Sempre fiz pouquíssimas faltas. Esse era o segredo: antecipar e roubar a bola de forma limpa.
VÍDEO: Elzo no Brasil-França do Mundial de 1986
MF – Falta falar sobre o Campeonato do Mundo de 1986.
E – O Brasil tinha um grupo de atletas de alto nível. 90 por cento dessa seleção já trabalhava com o Telê Santana desde 1982. As novidades era eu, o Careca, o Júlio César, o Branco e o Alemão. O Telê era um génio, queria sempre ter a bola. Não era fácil encaixar na exigência dele. Em 1985 entrei nesse grupo e consegui ir ao Mundial. Consegui, aliás, roubar a titularidade ao Rei de Roma, o Falcão. Acabei por fazer um belo torneio e fui um dos melhores do Brasil. Aliás, fiz parte da equipa-ideal escolhida pela FIFA. A grande diferença entre o Brasil-82 e o Brasil-86 era a qualidade defensiva. Em 86 só sofremos um golo [França].
MF – E o seu Brasil acaba por ser eliminado nos penáltis.
E – Nos quartos-de-final, isso. Para o Brasil esse é um mau resultado, mas as pessoas viram esse jogo contra a França e perceberam o quão cruel foi o resultado. Fomos recebidos em festa no Brasil. Acho, até hoje, que o Brasil era a melhor seleção do México-86. Nesse jogo contra a França, até o Platini nos elogiou no final. Fizemos uma tremenda atuação. Tínhamos equipa para ganhar o Campeonato do Mundo. Nunca esquecerei as duas piores derrotas da minha vida: essa contra a França e a de 1988 contra o PSV, ambas nos malditos penáltis.
MF - Deve ter boas histórias com o Telê Santana.
E - Muitas. Posso contar uma, que mostra bem como ele era. Aconteceu ainda antes do início do Mundial, no local onde estávamos a estagiar e no final de um treino. Eu sabia que o Telê tinha de riscar oito nomes do lote de 30 convocados e andava com medo. Num dia eu treinava entre os titulares, no outro estava de fora... e ele decidiu mexer com a minha cabeça.
MF - O que fez o senhor Telê?
E - Ele entrou no balneário, viu-me sozinho e fechou a porta. Começou logo aos berros: 'Olha Elzo, os craques aqui são o Zico, o Falcão, o Sócrates, o Júnior, o Éder e o Óscar... você não é nada aqui, sabia? Você é o primeiro da minha lista para ser riscado'. Bem, eu estava a suar, branco, não entendia aquele sermão. O homem estava imparável.
'Você pensa que me engana ao ficar até mais tarde no campo e sendo sempre o primeiro a chegar? Você não me engana não, cara. Eu vou sair daqui agora porque não te quero bater!' Saiu e bateu a porta do balneário. Fui para o chuveiro a chorar, pensei mesmo que o meu sonho do Mundial acabava ali.
MF - Mas, afinal, ele estava chateado consigo?
E - Não, nada. Ele só me explicou o que fez uns tempos depois. Vimo-nos numa churrasqueira e estivemos a falar. 'Elzo, você lembra-se daquela gritaria? Foi um teste psicológico. Eu combinei tudo com os meus adjuntos. Se você aguentasse aquilo, como aguentou, é porque estava preparado para ser titular'. O Telê era assim.
MF – O Elzo foi um dos melhores do Mundial de 1986, mas não voltou a jogar pelo Brasil depois disso. Porquê?
E – Não quis, ah ah ah. Parece impossível, não é? Fui considerado o melhor jogador do Brasileirão no Palmeiras, mas recusei sempre voltar à seleção. Vi muita corrupção e coisas feias no futebol brasileiro, inclusivamente na seleção. Em 1990, antes do Mundial, fui chamado pelo selecionador Sebastião Lazaroni e recusei novamente. O Neto (Corinthians) também recusou.
MF – Era assim tão mau?
E – Horrível. Essa seleção de 90 foi considerada a pior do nosso futebol. A direção era má, o elenco técnico também. Só iam os amigos do selecionador e os atletas que eles achavam que podiam ser vendidos para a Europa. Se o Telê tivesse continuado, iria com o maior prazer, mas quando vi que a federação convidou para selecionador o preparador-físico do Flamengo, percebi que para mim não dava.
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