«Tive um Fiat 127 porque fui ganhar dinheiro a Portugal, não fui gastar»

27 fev 2020, 09:37
Lobão

DESTINO: 90s revê Lobão, o central furioso do Beira-Mar, vencedor da Taça de Portugal 99. O cabelo ainda é longo, mas os modos são agora contidos e amáveis. Há até espaço para um pedido de desculpas público a Paulinho Santos. Hora para o cachimbo da paz

DESTINOS é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINOS.

LOBÃO: Beira-Mar (1996 a 2003); Aves (2003/2004)

Há quem o compare a Conan, o Bárbaro. Outros, mais prosaicos, lembram-se de Otto, o motorista do School Bus nos Simpsons. Para nós, os saudosistas da bola lusitana, é simplesmente Lobão. 

Defesa central marcante do melhor Beira-Mar de sempre, vencedor da Taça de Portugal em 1999 e titular nos dois jogos feitos pelos aveirenses na Liga Europa. 

Aos 47 anos, o Lobão impulsivo já não existe e quem fala ao Maisfutebol é um empresário de sucesso, consciente dos excessos do passado. 

Este é um DESTINOS carregado de boas memórias como todos os outros, mas um DESTINOS que serve também como palco para um pedido de desculpas com 20 anos de atraso. Duas décadas após um famoso «bate-boca» com Paulinho Santos, Lobão sugere o cachimbo da paz ao antigo médio do FC Porto. 

LOBÃO NO CAMPEONATO NACIONAL:

. 1996/1997: Beira-Mar, 26 jogos/1 golo (II Liga)

. 1997/1998: Beira-Mar, 31 jogos/3 golos (II Liga)

. 1998/1999: Beira-Mar, 24 jogos/10 golos (16º lugar)

. 1999/2000: Beira-Mar, 27 jogos/sem golos (II Liga)

. 2000/2001: Beira-Mar, 32 jogos/4 golos (8º lugar)

. 2001/2002: Beira-Mar, 31 jogos/2 golos (11º lugar)

. 2002/2003: Beira-Mar, 9 jogos/sem golos (13º lugar)

. 2003/2004: Desp. Aves, 27 jogos/sem golos

Troféus: uma Taça de Portugal

Lobão numa visita a Aveiro em 2018

Maisfutebol – Boa tarde, Lobão. Continua a trabalhar no mundo do futebol?

Lobão – Tenho uma empresa que representa futebolistas, mas a maior parte dos meus investimentos estão fora do futebol. Possuo duas companhias. Uma está ligada a um banco brasileiro e organiza, por exemplo, aquilo a que eu chamo de «jogos do azar», ah ah ah. Sou eu que tenho os direitos de um jogo parecido com o totoloto. Além disso, tenho uma oficina de reparações mecânicas. Sou do Estado de Minas Gerais e vivo em Novo Cruzeiro, a minha cidade natal. Tenho tudo aqui. É uma cidade de 35 mil habitantes, muito bonita. Escolhi este pedacinho de céu para passar o resto da minha vida.

MF – A sua agência já colocou atletas cá em Portugal?

L – O ano passado colocámos o Bruno Henrique e o Rodrigo Dias no meu Beira-Mar. Fiquei muito feliz por ver esses meninos a ajudar na subida de divisão. O Bruno agora está na Tailândia e o Rodrigo no Vietname. Falo com muita gente em Portugal sobre atletas que jogam no Brasil. Tenho conversado muito com o Nuno Gomes, ex-avançado do Benfica, sobre eventuais parcerias para o futuro. Continuo a sentir-me muito ligado a Aveiro, ao Beira-Mar, a Portugal.

MF – Os nove anos em Portugal deram-lhe conforto financeiro, ganhou bom dinheiro?

L – Tudo o que eu conquistei foi fruto do meu trabalho no Beira-Mar. O meu património nasceu com o dinheiro ganho aí. Só posso agradecer a esse maravilhoso clube por me ter aberto as portas do futebol europeu. Construí um futuro bom para mim, para a minha família, para os meus filhos.

MF – Como nasceu a alcunha «Lobão»? Tinha a ver com a sua forma dura de jogar?

L – Não, não, nada a ver. Quando eu jogava nos juniores do Democrata de Governador Valadares, havia um cantor no Brasil a fazer muito sucesso. Chamava-se Lobão e era cabeludo como eu, muito parecido. Quando as pessoas me viram a jogar, perceberam que eu tinha um look à Lobão, ah ah ah. Colegas, técnicos, adeptos, todos me chamaram imediatamente de Lobão.

VÍDEO: Lobão numa vitória do Beira-Mar sobre o FC Porto

MF – E ficou até hoje.

L – Até em casa me chamam Lobão. É um nome marcante, pesado. Se alguém gritar Fabrício na rua, eu até demoro a responder. Todos os meus familiares me tratam por Lobão e a alcunha deu-me muita sorte. Se eu pudesse teria até colocado esse nome na minha identidade oficial. Fabrício Almeida Carvalho Lobão. Ficava bem.

MF – A sua imagem de marca era o cabelo comprido e a fita a segurá-lo.

L – Não quis imitar ninguém. Sempre fui cabeludo, desde pequenino. Para jogar futebol, o cabelo comprido atrapalhava e eu comecei a usar a fita. Não foi nada planeado e a partir de dada altura todos sabiam que o Lobão era assim. Ainda hoje tenho o cabelo longo, é a minha marca registada.

MF – O Lobão era um central de marcação agressivo. Passou muitas vezes dos limites?

L – A forma de jogar nasceu nas brincadeiras aqui na minha cidade. Sempre tive garra e vontade. Levei isso para o futebol profissional. Quando cheguei a Portugal, identifiquei-me logo com o estilo aguerrido e agressivo. E há outro aspeto importante. Eu nasci numa família pobre, com sete irmãos, muito humilde. Ao ter a oportunidade de jogar na Europa, eu disse logo para mim que tinha de dar a vida e mudar a vida de toda a minha família. Precisava de ser alguém e o Beira-Mar deu-me essa oportunidade. Tinha de corresponder a esse investimento. Quis honrar isso, dando o melhor nos treinos e nos jogos.

Lobão com Ribeiro às costas num treino do Beira-Mar

MF – Daí o seu estilo excessivo em campo.

L – Treinava e jogava da mesma forma, sempre nos limites. Muitas vezes o mister António Sousa tinha de me pedir para eu ter mais calma nos treinos, é verdade. Aquilo era o Lobão, exagerado. Era espontâneo, eu não sabia jogar de outra forma. Tinha de matar um leão todos os dias, como dizemos no Brasil. Sei que fui odiado por muitos adeptos adversários, mas também sei que muitos desses adeptos me queriam na sua equipa.

MF – Ficou famoso um «bate-boca» que teve com o Paulinho Santos.

L – Gostaria de aproveitar esta oportunidade para falar sobre essa situação. Queria retratar-me e pedir desculpas pelas palavras duras que dirigi ao Paulinho. Ele foi um grande jogador e tinha uma personalidade muito parecida com a minha. Tivemos esse problema depois de um jogo nas Antas [7-0 para o FC Porto, 24 de janeiro de 1999]. Sofri uma falta do Mário Jardel, fraturei a terceira vértebra e quase fiquei paraplégico. Estive três meses lesionado. Nesse lance com o Jardel o impacto foi muito forte e eu desmaiei. Os meus colegas contaram-me que o Paulinho Santos se aproximou de mim e gritou «deixem-no morrer». Ele estava zangado comigo ainda por algumas faltas que eu tinha cometido no jogo em Aveiro.

MF – O Lobão perdeu os sentidos e não se lembra de nada.

L – Não me lembro, mas os meus companheiros contaram-me que o Paulinho me disse isso. Chateou-me muito, a lesão era grave. Depois disso cometi um ato pior ainda, muito mau. Arrependo-me até hoje e queria pedir desculpas ao Paulinho Santos pelo que disse publicamente. Não me recordo das palavras em concreto, mas acusei-o de tudo e ofendi-o.

MF – Passaram 20 anos.

L – Está na hora de fazer as pazes. Se ele ler esta entrevista, gostaria, do fundo do meu coração, que perdoasse as palavras feias que lhe dirigi numas declarações feitas a um jornal, pouco depois desse jogo. Foram feitas de cabeça quente. Identifico-me muito com o Paulinho, envio-lhe um abraço e as maiores felicidades para ele e para a sua família. ‘Paulinho, se ler isto, quero dizer-te que te admiro muito, sempre te admirei. Você defendia o Porto como ninguém, como eu defendia o Beira-Mar’. Era a nossa segunda pele. O Paulinho não devia ter dito aquilo no campo, mas eu disse coisas horríveis sobre ele depois. Espero que ele possa ler isto.

MF – Por falar em Paulinho Santos, quais foram os duelos mais duros que travou em Portugal?

L – Foram tantos, ah ah ah. Mas tenho de destacar as lutas com o Nuno Gomes, o Mário Jardel e o Elpídio Silva. Foram três grandes avançados. O Jardel era um goleador tremendo, fazia golos de qualquer maneira. Eu passava a semana a pensar na forma de travar o Super-Mário e chegava sempre à mesma conclusão: impossível! O Nuno Gomes era um craque, fantástico atleta. Tenho o privilégio de ainda falar com ele regularmente, admiro-o muito e merece o meu respeito. Falta mencionar o João Vieira Pinto, outro avançado maravilhoso.

MF – Chega a Portugal e ao Beira-Mar em 1996. Quem o descobriu no Brasil?

L – A minha história dava um livro, mas eu conto aqui de forma resumida. O treinador Vítor Urbano e o empresário Adelson Duarte vieram ao Brasil observar um defesa central do Cruzeiro, o Vanderci. O Democrata, onde eu atuava, foi jogar ao Mineirão e eu tive a sorte de fazer uma exibição perfeita na marcação a um dos maiores futebolistas da história do futebol mundial.

MF – Quem era?

L – O Ronaldo Fenómeno. Eu tinha 22 anos e ele 17. Fizemos um jogo enorme, com todas as nossas limitações, e empatámos 0-0. O Adelson e o Vítor Urbano adoraram o meu jogo e falaram comigo no balneário, logo no final da partida. Passado algum tempo, talvez oito meses depois, recebi a proposta do Beira-Mar. Estive na hora certa, no local certo. Por culpa do Ronaldo Fenómeno acabei por ir para Portugal.

MF – E ficou oito anos no Beira-Mar. Não é habitual uma relação no futebol durar tanto.

L – O Beira-Mar foi feito para mim e eu fui feito para o Beira-Mar. Ajudo em tudo o que posso e sempre ajudarei. O Beira-Mar merece estar na primeira divisão, Aveiro tem de ter um clube na primeira divisão. As pessoas que dirigem agora o clube são sérias, conheci-as numa visita que fiz o ano passado, e acredito que em três anos o Beira-Mar estará novamente no lugar onde pertence.

VÍDEO: a vitória do Beira-Mar em 1999 no Jamor
 

MF – Jogar no pequeno Estádio Mário Duarte era uma experiência forte?

L – Aquele estádio… não há explicação. As equipas que jogavam lá já sabiam que iam sofrer. Porto, Benfica, Sporting, Sp. Braga, Vitória de Guimarães, não interessava. Tenho pena de ver o velhinho Mário Duarte sem jogos. Nunca devia ser destruído, porque a alma e a história do Beira-Mar estão lá. Não me recordo de ter empatado sequer contra o Sp. Braga em Aveiro, a atmosfera era linda. Ok, o estádio novo é grande e bonito, mas o Mário Duarte…

MF – O jogo contra o Vitesse na Liga Europa foi lá realizado ainda.

L – Noite histórica. Tive um duelo duríssimo contra o Pierre van Hooijdonk, o gigante holandês. Os dois jogos foram muito equilibrados e mostrámos o valor do Beira-Mar na UEFA [1-2 em Aveiro, 0-0 na Holanda].

MF – Estamos a falar de jogos históricos e temos de falar da vitória contra o FC Porto de Mourinho nas Antas.

L – Tenho até uma história a contar sobre esse jogo. Foi sensacional. Não passava pela cabeça de ninguém do Beira-Mar vencer o Porto do Mourinho e do Deco nessa altura. Nem pelo nosso presidente, o meu querido Mano Nunes. Tanto assim é que, mesmo antes do jogo, ele entra no balneário e anuncia isto: ‘amigos, hoje em vez de ganharem X no caso de vitória, vão ganhar Y’. O Y era um camião de dinheiro, muito mais do que o habitual. Ficámos loucos, ah ah ah. Mas como era impossível, nem ligámos muito. Depois aconteceu essa vitória incrível. Muita pressão dos adeptos, muita pressão da arbitragem, muita pressão dos dirigentes do FC Porto. Vencemos 3-2 numa noite épica.

MF – E como ficou o senhor Mano Nunes ao ter de pagar Y a cada um de vós?

L – Ah ah ah, quando nos lembrámos do que ele prometeu, minha nossa! O Beira-Mar sempre cumpriu com tudo. No fim do jogo eu abracei o Mano, éramos muito próximos, como pai e filho. ‘Presidente, quando é que o Y vai cair na conta?’. Na terça-feira estava tudo direitinho e tenho a certeza de que ele faria tudo novamente, também estava muito feliz.

MF – Mas mais importante ainda foi a conquista da Taça de Portugal. Concorda?

L – Nunca esquecerei esse dia, está enraizado no meu coração. Lembro-me da partida de Aveiro, da noite no hotel, das conversas no balneário, do jogo. Aguentámos as expulsões, sobrevivemos e depois o Ricardo Sousa resolveu num lance de génio. A equipa era muito unida, uma verdadeira família. O Campomaiorense tinha bons jogadores, mas nós tínhamos de vencer e oferecer a taça aos adeptos como compensação pela descida de divisão. Foi lindo, lindo. A chegada a Aveiro à noite, aquele mar amarelo… até estou comovido ao falar disto. A minha esposa estava no Brasil e o meu primeiro filho tinha acabado de nascer. Imaginem a minha felicidade.

A equipa do Beira-Mar na final do Jamor; Lobão é o terceiro em cima (a contar da esquerda)

MF – O António Sousa era um bom treinador?

L – Grande amigo, treinador conhecedor. Ajudou-nos bastante e teve um casamento perfeito com o Beira-Mar. Era muito exigente no dia a dia, um homem de caráter, obrigava-nos a treinar no limite. Só lhe posso agradecer tudo o que fez por mim. Chegámos confiantes ao Jamor muito por culpa do trabalho dele nessa semana anterior. Eu espero que não, mas provavelmente vamos precisar de mais 100 anos para ver o Beira-Mar a ganhar novamente a Taça de Portugal.

MF – Qual foi o colega de equipa mais próximo do Lobão no Beira-Mar?

L – Sempre me dei bem com todos, mas escolho dois: o Fusco e o Fary. O Fusco era um brincalhão, muito engraçado. O Fary era o meu irmão, morava no meu prédio, andava sempre comigo. Fico feliz por vê-lo tão bem no Boavista. Vivemos em apartamentos pequenos, sem luxos. Aliás, eu nunca gostei de luxos, muito menos quando estava aí em Portugal.

MF – Era um jogador disciplinado socialmente, com cabeça?

L – Sempre, sempre fui. Tive um Fiat 127 porque fui ganhar dinheiro para Portugal, não fui gastar. A minha vida sempre foi pautada pela simplicidade e jogar em Portugal deu-me a possibilidade de mudar a vida de todos os que precisavam de mim, a minha família. Nunca quis saber de grandes carros, de grandes roupas. Amei Aveiro, mas queria voltar ao Brasil. Tudo o que eu ganhei foi sempre a pensar em ajudar a família. Algumas pessoas até se riam de mim, mas não queria saber.

MF – Riam-se de si por conduzir um 127?

L – Isso mesmo, pensavam que eu tinha um BMW ou um Porsche por ser futebolista profissional. Estava bem com o meu Fiat, servia-me perfeitamente. Eu só saía para os treinos, para o supermercado e pouco mais. Tudo o que eu ganhei foi investido no Brasil e hoje posso dizer que tenho condições para ter um bom carro, uma casa maravilhosa, empresas bem sucedidas e o meu filho na universidade. Estou a colher tudo o que plantei em Aveiro, posso dizer que sou um vencedor. Uma vez um adepto do Beira-Mar veio de Paredes para ver o nosso jogo e não queria acreditar quando me viu a sair do Fiat 127, ah ah ah. Eu era grande demais para o carrinho.

MF - Aceitaria voltar a trabalhar no Beira-Mar?

L – Tenho uma vida muito boa no Brasil, mas um convite do Beira-Mar faria com que eu pensasse duas vezes. Amo e sempre amarei o Beira-Mar. Um abraço a todos os aveirenses, em especial ao meu querido Mano Nunes.

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