Segundo este estudo, 16% dos portugueses confessam ficar endividados para presentes para a cara-metade
Esta segunda-feira celebra-se o Dia dos Namorados e há uma situação que deixa os casais portugueses especialmente preocupados: que a "cara-metade" perca o emprego.
De acordo com um estudo da Intrum, que cita o European Consumer Payment Report 2021, 44% dos portugueses afirmam ter uma preocupação acrescida quando confrontados com a possibilidade do parceiro perder o emprego. Em Portugal esta preocupação é superior à da média europeia, que se situa nos 32%, mas abaixo da média dos países do Sul da Europa, onde a percentagem chega aos 50%.
A pesquisa concluiu que a situação financeira pessoal e do casal pode ter uma influência decisiva no modo como se desenvolve a relação. 16% dos inquiridos responderam que comprar presentes para o seu parceiro é a razão mais comum para se endividarem com o cartão de crédito, medida que justificam por acreditarem que, caso não gastem parte significativa do dinheiro em presentes, podem ser "deixados" no espaço de um ano.
Apesar deste receio, a maioria (48%) dos casais portugueses revela que quando precisam de poupar dinheiro diminuem as surpresas românticas ou as saídas noturnas em casal.
A pandemia da covid-19 também veio afetar a vida em casal através do aumento das dificuldades financeiras, mas 34% garantem que o stress financeiro foi um fator de aproximação ao parceiro. O diretor geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, adiantou ainda que 34% dos inquiridos portugueses veem na crise pandémica uma excelente oportunidade para começar a poupar e a construir um futuro mais estável.
Outro estudo da Intrum, publicado há dias, mostra que cerca de 20% dos portugueses adia o fim do relacionamento por problemas financeiros, destacando-se a faixa etária dos 22 aos 37 anos como a que sente mais dificuldade em falar abertamente das questões financeiras com o par.