Encontrados dois corpos nos escombros do prédio que desabou em pleno centro de Madrid

7 out, 22:41
Colapso de prédio em Madrid (Manu Fernandez/AP)

Ainda falta encontrar duas pessoas, mas o autarca da capital espanhola já avisou que dificilmente isso acontecerá com vida

Foram encontrados dois corpos nos escombros do edifício que desabou esta terça-feira no centro da cidade de Madrid.

A confirmação foi dada pela autarca da cidade, José Luis Martínez Almeida, numa altura em que as autoridades ainda procuram outras duas pessoas que foram dadas como desaparecidas.

O desabamento do edifício, que estava em obras, ocorreu numa rua junto à Ópera de Madrid, perto das 13:00 locais (menos uma hora em Portugal Continental), deixando a cidade em choque.

Um dos corpos encontrados pertence a um homem, faltando perceber de que sexo é a outra vítima, sendo que havia apenas uma mulher entre os desaparecidos. Chegou a haver dúvidas sobre essa mesma mulher seria a arquiteta, mas os bombeiros já esclareceram que se trata de uma administrativa que teria “responsabilidades na obra” e que se chamava Laura e tinha uma idade casa dos 30 anos.

O homem encontrado e os outros dois desaparecidos são três imigrantes com idades entre os 30 e os 50 anos. Dambéle, Alfa e Jorge são originários de Mali, Guiné Equatorial e Equador e estavam a trabalhar para a ANKA, empresa de construção com quem tinham um contrato assinado, de acordo com o El País.

Sobre a hipótese de as outras duas pessoas serem encontradas com vida, Martínez Almeida admitiu que “é complicado” pensar nesse cenário.

O responsável pela obra, uma reabilitação que seguia há pelo menos quatro meses, e que se destinava a fazer um hotel de quatro estrelas, garantiu que estavam no local entre 30 a 40 pessoas quando o incidente ocorreu.

Garantida a estabilização da fachada, as autoridades de Madrid só conseguiram iniciar as buscas pelas 18:30 locais, destacando para o cenário equipas cinotécnicas e várias unidades.

Para ajudar, a Unidade de Apoio Aéreo da Polícia Municipal destacou vários drones para tentar obter imagens de locais mais inacessíveis.

“O piso do sexto andar desabou, o que fez com que todos os pisos desabassem até ao rés-do-chão”, explicou o autarca, que confirmou que uma das pessoas desaparecidas estava no andar de baixo no momento do colapso.

Sobre a obra, Martínez Almeida, que interrompeu uma viagem a Londres para regressar à capital, garantiu que tinha licença para operar desde fevereiro. “Os papéis estavam em dia do ponto de vista urbanístico e estavam a ser executados de acordo com a autorização concedida”, sublinhou.

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