Benfica-Sporting, 1-3 (destaques dos leões)

David Marques , Estádio da Luz, Lisboa
3 dez 2021, 23:41
Matheus Nunes fez o 0-3 no Benfica-Sporting (Lusa)

Matheus chegou e disse... vamos acabar com isto

A FIGURA: Matheus Nunes

Decidiu o dérbi da época passada em Alvalade e levou o desta sexta-feira até um ponto sem retorno: o de uma vitória cristalina do Sporting. Teve uma primeira parte mais de equilíbrios e sem se envolver tanto na manobra ofensiva dos leões. Na etapa complementar – Jesus! – foi vê-lo a rasgar linhas em posse e a mostrar toda a qualidade que tem. O 2-0 (que nos perdoe Paulinho, que baixou para tabelar e depois se desmarcou e definiu com classe) foi maioritariamente dele. Pegou na bola no meio-campo defensivo e só a largou já perto da área encarnada para isolar o ponta de lança. No 3-0 bateu André Almeida em velocidade e, na cara de Vlachodimos, atirou para o fundo da baliza. ESTÁ FEITO UM TREMENDO JOGADOR!

O MOMENTO: João Mário entrega a bola a Adán, Sporting responde com o 2-0. MINUTO 62

A entrada de Yaremchuk melhorou o Benfica ofensivamente e até ao 2-0 dos leões a equipa de Jorge Jesus esteve pelo menos duas vezes perto do golo. Darwin atirou à barra na sequência de um pontapé de canto e João Mário, em excelente posição, rematou de pé esquerdo para defesa segura de Adán. Na jogada seguinte, Matheus Nunes pegou na bola e levou-a até servir Paulinho para o golo que deu total tranquilidade ao campeão nacional.

 

OUTROS DESTAQUES

Pedro Gonçalves: a execução de Sarabia no golo aos 8 minutos é primorosa, mas o passe de Pote não ficou nada atrás. Começou aí a noite de Pote, que até ao intervalo teve oportunidades para resolver o jogo a favor da equipa de Ruben Amorim. Aos 18 minutos rematou por cima numa jogada na qual foi assinalado (mal) fora de jogo e já perto do final da primeira parte acertou no ferro direito da baliza de Vlachodimos. A Luz gelou sempre que o viu com a bola no pé e virado para a baliza contrária, mas Pote foi mais do que isso, que já foi muito. Foi voluntarioso a fechar no corredor direito e a colaborar na pressão ao início da construção do Benfica.

Sarabia: soberba a finalização de primeira que colocou o Sporting na frente do marcador logo nos minutos iniciais. Aí, o internacional espanhol aproveitou a falha de marcação de André Almeida e o atraso de Lázaro. Mas, quase tão importante como o aproveitamento que revelou nesse momento, foi perceber que era ali que estaria um dos desequilíbrios mais evidentes dos encarnados: a falta de conexão entre o ala direito e o central da direita. Aos 38 minutos tentou devolver a Pote a gentileza do 1-0, mas o remate do homem-golo do leão foi ao ferro.

Ugarte: é um facto que o Sporting não tem um médio com as características de Palhinha, mas o melhor elogio pode ser feito ao jovem médio uruguaio é dizer que na noite desta sexta-feira, pelo menos nos 45 minutos iniciais, não se deu pela falta da âncora da equipa de Ruben Amorim. Controlou bem o jogo entrelinhas de Rafa, juntou-se a Matheus Nunes na pressão quando foi necessário e teve o respaldo de uma defesa que, mesmo sem o capitão Coates, esteve muito sólida.

Paulinho: festejou o 2-0 (anulado) na primeira parte e assinou-o (a contar) nos segundos 45 minutos após uma desmarcação inteligente e um toque de classe na cara de Vlachodimos. É um jogador tremendamente voluntarioso e o primeiro defesa da equipa. E isso é importante não deixar de ver mesmo quando os golos lhe faltam, o que até não foi o caso hoje. Nesta sexta-feira até esteve perto do bis, que permitiria ao Sporting sair da Luz com uma goleada histórica.

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