Benfica-Sporting, 2-2 (destaques dos leões)

David Marques , Estádio da Luz, Lisboa
15 jan 2023, 21:05
Benfica-Sporting (JOSE SENA GOULAO/LUSA)

Ter um Manuel dá sempre jeito

A FIGURA: UGARTE

Se o Sporting entrou melhor no dérbi do que o Benfica, muito deveu ao médio uruguaio, criterioso no sentido posicional, insuperável nos duelos e impecável a sair na pressão para retirar espaço e tempo aos médios adversários. Pote não é um médio de combate e isso aumentou ainda mais o desafio que teve pela frente no sentido de atenuar a desvantagem numérica que os leões tinham recorrentemente no corredor central Aos 61 minutos viu o cartão amarelo e depois disso teve ainda de ser mais inteligente na gestão dos duelos na meia-hora final. Ainda assim, manteve-se a um nível elevado. Terminamos quase como começámos: se o Sporting saiu do dérbi com um ponto, muito o deve a Manuel Ugarte. E o jeito que dá ter um Manuel.

O MOMENTO: Chermiti falha a fechar

Feitas as contas, a perda de pontos não servia a nenhuma das equipas, mas era ainda pior para o Sporting, já que o Benfica sairia sempre do dérbi como entrou: líder. Nos últimos 30 minutos, os leões procuraram defender-se da pressão das águias e transformaram-se, talvez mais por incapacidade para serem outra coisa do que por opção, numa equipa de transição. A estratégia esteve perto de dar resultado, quando já em tempo de compensação, com o Benfica descompensado defensivamente, Youssef Chermiti, de 18 anos, esteve perto de decidir o primeiro dérbi profissional da carreira.
 

OUTROS DESTAQUES

Adán: seguro nos frente a frentes com João Mário e Rafa quando o jogo ainda estava empatado a zeros e também na forma como reagiu a um livre frontal de Grimaldo. Pouco antes do golo do Benfica teve uma saída em falso dos postes que acabou por não ser aproveitada por Aursnes. Mostrou extrema segurança nos momentos de maior aperto na segunda parte.

Porro: meteu a cabeça em água a Grimaldo nos 45 minutos iniciais. São dele as bases do 1-0 e antes disso, logo aos 6 minutos, obrigou Vlachodimos a uma defesa vistosa na marcação de um livre. Na segunda parte esteve muito mais contido e aí foi o compatriota a levar mais vezes a melhor sobre ele.

Edwards e Trincão: foi do inglês o cruzamento que acabou por ser desviado para a própria baliza por Bah. Os dois protagonizaram alguns momentos vistosos mas a Trincão, sobretudo, faltou sentido prático para definir melhor algumas jogadas.

Coates: dos três defesas do Sporting é muitas vezes aquele que é menos exposto à velocidade dos adversários, mas é também aquele que tem melhor sentido posicional. Mostrou mais segurança do que Matheus Reis e Gonçalo Inácio, batidos em cada um dos golos de Gonçalo Ramos.

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