REVISTA DE IMPRENSA || Apesar do reforço orçamental para quase 53 milhões de euros, a execução é mínima
A meio ano do fim do prazo estabelecido, apenas 10 dos 1500 edifícios públicos previstos para adaptação a pessoas com deficiência foram efetivamente intervencionados, avança o Público. A meta está inserida no programa Acessibilidades 360º, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que termina em dezembro de 2025.
Apesar do reforço orçamental para quase 53 milhões de euros, a execução é mínima. No setor habitacional, apenas 21% das mil habitações previstas foram intervencionadas. Nas vias públicas, o cenário é ainda mais preocupante: dos 200 mil metros quadrados estipulados, apenas 2% foram concretizados.
A Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR classifica o investimento como crítico e aponta falhas estruturais, como baixa adesão dos municípios, indefinições nas regras e desconhecimento generalizado sobre os problemas de acessibilidade. O relatório também destaca a perceção generalizada de que estas obras são apenas uma obrigação legal e não uma necessidade real para a população.
Com um país cada vez mais envelhecido, os especialistas alertam que a acessibilidade não beneficia apenas pessoas com deficiência, mas toda a sociedade.
