Coordenadora do Bloco de Esquerda protagonizou aquele que promete ser um dos momentos destas eleições. Também houve tempo para ouvir um menos animado debate entre Pedro Nuno Santos e Paulo Raimundo
Regressaram os debates num dia marcado pela morte do Papa Francisco. Damos especial destaque ao confronto entre Mariana Mortágua e André Ventura, que teve um momento caricato e muito despique.
Mariana Mortágua x André Ventura
Mariana Mortágua: “André Ventura quer fazer igual a Trump. Quer imitar o chefe da extrema-direita”
André Ventura: “A Mariana Mortágua também é política. Sei que só tem 2% nas sondagens, mas tem de responder”
Mariana Mortágua: “Se o doutor Ventura fizesse mais política com factos e menos política com preconceitos…”
André Ventura: “Isto é não perceber patavina de economia. É de um socialismo cego”
Mariana Mortágua: “Tenho a impressão de que a taxa de criminalidade na bancada do Chega é superior à dos imigrantes em Portugal”
André Ventura: “Até o carro da sua irmã foi assaltado no Martim Moniz. Chamou o Batman? Não, chamou a polícia”
Mariana Mortágua: "Ventura tem uma única política, que é o racismo"
André Ventura: “Eu concordaria com os tetos nas rendas se estivéssemos em Cuba nos anos 50. O muro caiu, Mariana Mortágua”
Notas
Comentador | MM | AV |
Miguel Pinheiro | 11 | 11 |
Anabela Neves | 15 | 12 |
Maria Castello Branco | 10 | 8 |
Miguel Pinheiro faz uma nota: André Ventura e Mariana Mortágua tinham o mesmo objetivo: provocar uma luta. Este debate não servia para conquistar eleitores novos, só servia para mobilizar os seus próprios eleitores. É simples: os eleitores do Chega mobilizam-se com ataques a Mariana Mortágua; e os eleitores do Bloco de Esquerda mobilizam-se com ataques a André Ventura. Os dois queriam, portanto, uma luta. Parabéns: não foi bonito, mas conseguiram.
Paulo Raimundo x Pedro Nuno Santos
Paulo Raimundo: "Não venha com o argumento do Rui Rocha para mim"
Pedro Nuno Santos: "O PCP comete um erro histórico numa equiparação que não é credível entre o PS e a AD"
Paulo Raimundo: "Se é para continuar por caminhos diferentes, mas no mesmo rumo, connosco não contam"
Pedro Nuno Santos: "[O privado] não trata [certas doenças] porque não são um negócio, não dá dinheiro. Um hospital público nunca diz não a ninguém"
Paulo Raimundo: "O programa do PS é poucochinho. A conversa do choque salarial é só um espirro salarial"
Pedro Nuno Santos: "O que o PCP anuncia fica bem como promessa, mas depois não tem aplicabilidade prática"
Notas
Comentador | PNS | PR |
Mafalda Anjos | 13 | 11 |
Margarida Davim | 15 | 14 |
Paulo Ferreira | 11 | 13 |
Anselmo Crespo | 12 | 12 |
Mafalda Anjos faz uma nota sobre o debate: "Tal como com Mariana Mortágua, a quem recordou que não corria o risco de vir a ser primeira-ministra e por isso podia dizer o que quisesse, Pedro Nuno Santos apostou no sentido de responsabilidade, ao reforçar que prometer é fácil. Resultou.Paulo Raimundo esteve combativo, atirou que o programa do PS 'é poucochinho' e que 'o choque salarial é mais um espirro salarial', mas acaba sempre na batida vitimização quando é confrontado com os paradoxos comunistas.