Decisão 25: Mortágua trouxe Legos e Ventura quis trazer o Batman num dia em que houve "espirros salariais"

CNN
21 abr, 22:56

Coordenadora do Bloco de Esquerda protagonizou aquele que promete ser um dos momentos destas eleições. Também houve tempo para ouvir um menos animado debate entre Pedro Nuno Santos e Paulo Raimundo

Regressaram os debates num dia marcado pela morte do Papa Francisco. Damos especial destaque ao confronto entre Mariana Mortágua e André Ventura, que teve um momento caricato e muito despique.

Mariana Mortágua x André Ventura

Mariana Mortágua: “André Ventura quer fazer igual a Trump. Quer imitar o chefe da extrema-direita”

André Ventura: “A Mariana Mortágua também é política. Sei que só tem 2% nas sondagens, mas tem de responder”

Mariana Mortágua: “Se o doutor Ventura fizesse mais política com factos e menos política com preconceitos…”

André Ventura: “Isto é não perceber patavina de economia. É de um socialismo cego”

Mariana Mortágua: “Tenho a impressão de que a taxa de criminalidade na bancada do Chega é superior à dos imigrantes em Portugal”

André Ventura: “Até o carro da sua irmã foi assaltado no Martim Moniz. Chamou o Batman? Não, chamou a polícia”

Mariana Mortágua: "Ventura tem uma única política, que é o racismo"

André Ventura: “Eu concordaria com os tetos nas rendas se estivéssemos em Cuba nos anos 50. O muro caiu, Mariana Mortágua”

Notas

Comentador MM AV
Miguel Pinheiro 11 11
Anabela Neves 15 12
Maria Castello Branco 10 8

Miguel Pinheiro faz uma nota: André Ventura e Mariana Mortágua tinham o mesmo objetivo: provocar uma luta. Este debate não servia para conquistar eleitores novos, só servia para mobilizar os seus próprios eleitores. É simples: os eleitores do Chega mobilizam-se com ataques a Mariana Mortágua; e os eleitores do Bloco de Esquerda mobilizam-se com ataques a André Ventura. Os dois queriam, portanto, uma luta. Parabéns: não foi bonito, mas conseguiram.

Paulo Raimundo x Pedro Nuno Santos

Paulo Raimundo: "Não venha com o argumento do Rui Rocha para mim"

Pedro Nuno Santos: "O PCP comete um erro histórico numa equiparação que não é credível entre o PS e a AD"

Paulo Raimundo: "Se é para continuar por caminhos diferentes, mas no mesmo rumo, connosco não contam"

Pedro Nuno Santos: "[O privado] não trata [certas doenças] porque não são um negócio, não dá dinheiro. Um hospital público nunca diz não a ninguém"

Paulo Raimundo: "O programa do PS é poucochinho. A conversa do choque salarial é só um espirro salarial"

Pedro Nuno Santos: "O que o PCP anuncia fica bem como promessa, mas depois não tem aplicabilidade prática"

Notas

Comentador PNS PR
Mafalda Anjos 13 11
Margarida Davim 15 14
Paulo Ferreira 11 13
Anselmo Crespo 12 12

Mafalda Anjos faz uma nota sobre o debate: "Tal como com Mariana Mortágua, a quem recordou que não corria o risco de vir a ser primeira-ministra e por isso podia dizer o que quisesse, Pedro Nuno Santos apostou no sentido de responsabilidade, ao reforçar que prometer é fácil. Resultou.Paulo Raimundo esteve combativo, atirou que o programa do PS 'é poucochinho' e que 'o choque salarial é mais um espirro salarial', mas acaba sempre na batida vitimização quando é confrontado com os paradoxos comunistas.

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