Homem de cadeira de rodas ficou preso num avião durante mais de duas horas

31 mai 2022, 19:25
Daryl Tavernor (Twitter)

Quando finalmente saiu do avião, o passageiro teve de chamar a polícia pois já não estava ninguém no posto fronteiriço

Um passageiro com dificuldades físicas ficou sozinho num avião no aeroporto de Manchester durante mais de duas horas. Depois de sair do avião, ainda teve de ligar à polícia e esperar mais uma hora para passar na fronteira porque não havia nenhuma autoridade no local. Durante aquele tempo, Daryl Tavernor sentiu-se como um “refém”.

O homem de 33 anos, que tem atrofia muscular espinhal, está agora a tentar utilizar este caso para chamar a atenção para as dificuldades de locomoção nos aeroportos. Quando chegou a Manchester vindo de Roma, Daryl Tavernor, que vinha acompanhado de um cuidador, ficou preso no avião, à espera dos serviços do aeroporto para o assistirem na saída do avião.

"Todos os passageiros saíram o mais rápido que puderam. Para mim demora cerca de 10 a 15 minutos a ter assistência para sair. Mas eu e a tripulação ficámos ali mais duas horas", explicou ao Manchester Evening News.

Toda a situação foi também descrita no Twitter, onde o passageiro publicou um vídeo em que descreve o episódio, que o deixou “fisicamente magoado e emocionalmente esgotado”.

Após conseguir sair do avião, pelas 4:40 da madrugada, o homem teve de esperar ainda mais uma hora para passar o controlo fronteiriço, uma vez que não havia ninguém das autoridades no local.

Daryl Tavernor aproveitou depois o caso para chamar a atenção para um problema maior, referindo que a falta de pessoal nos aeroportos é algo muito comum, e que afeta particularmente as pessoas como ele, que têm de se deslocar em cadeiras de rodas.

“Para os passageiros em geral a falta de funcionários nos aeroportos são um grande problema agora, mas para os passageiros com deficiências sempre foi um problema, e está a ficar pior”, afirmou, em declarações ao The Guardian.

Em reação ao caso, o aeroporto de Manchester lamentou ouvir a “experiência desapontante do senhor Tavernor”.

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