Exames forenses encontram ADN de Dani Alves no corpo da vítima e desmentem versão apresentada pelo jogador

10 fev 2023, 16:50
Dani Alves ao serviço do Pumas (imagem Getty)

Jogador brasileiro alegou ter mantido relações sexuais consentidas com a jovem de 23 anos que o acusou de violação, que se limitaram a sexo oral. Mas amostras de ADN recolhidas do corpo da vítima provam que houve penetração

Em prisão preventiva desde o dia 20 de janeiro - e depois de mudar três vezes a sua versão sobre o sucedido - novos resultados de exames forenses vêm apertar o cerco judicial sobre o futebolista brasileiro Dani Alves e corroborar a versão da vítima.

A mulher, de 23 anos, denunciou ter sido agredida e violada pelo jogador numa discoteca em Barcelona, a 30 de dezembro. Se, inicialmente, Dani Alves negou conhecer a vítima, acabou por alterar a versão dos acontecimentos e reconhecer ter mantido relações sexuais consentidas. Mas, de acordo com relatórios forenses entregues no 15.º Tribunal de Instrução de Barcelona, e citados pelo El Mundo, os vestígios de sémen recolhidos coincidem com a versão apresentada pela jovem. 

O Instituto Nacional de Toxicologia e Ciências Forenses detetou restos biológicos de outra pessoa em amostras intravaginais da vítima, bem como na roupa que estava a usar no momento da alegada agressão e no chão da casa de banho. Todas as amostras de sémen pertencem ao jogador do clube mexicano Pumas e desmentem a versão mais recente de que o encontro sexual teria consistido apenas em sexo oral.

Ao sustentar a versão da vítima e descredibilizar os testemunhos de Dani Alves - já fragilizados por constantes alterações - as provas forenses podem pesar na decisão do Tribunal de Recurso de Barcelona, encarregado de deliberar sobre o pedido de libertação temporária do jogador nas próximas semanas.

Dani Alves tinha solicitado a libertação provisória do estabelecimento prisional Brians 2, onde grande parte da comunidade é constituída por agressores sexuais, enquanto as investigações estiverem em curso. No entanto, tanto o Ministério Público como os representantes da vítima já se opuseram firmemente à libertação do jogador, argumentando com o provável risco de fuga para o Brasil, país que não tem qualquer tratado de extradição para este tipo de crime.

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