Cristina Kirchner, atual vice-presidente da Argentina (e ex-Presidente), condenada a seis anos de prisão pelo crime de corrupção

6 dez 2022, 21:09
Cristina Kirchner

Ficou ainda proibida de exercer cargos públicos, mas foi absolvida do crime de associação criminosa, punível com 12 anos de prisão

A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi esta terça-feira condenada a seis anos de prisão pelo crime de corrupção, depois de ter sido acusada de gestão fraudulenta por ter desviado dinheiro do Estado. 

De acordo com o Folha de S. Paulo, a também ex-Presidente ficou ainda proibida de exercer cargos públicos, mas foi absolvida do crime de associação criminosa, punível com 12 anos de prisão. 

Esta condenação de Cristina Kirchner é passível de recurso, até chegar ao Supremo Tribunal, e o estatuto de vice-presidente da Argentina dá-lhe imunidade e por isso não deverá ir para nenhum estabelecimento prisional cumprir a pena. 

"Esta condenação não é uma condenação pelas leis da Constituição e do Código Penal", disse Kirchner minutos depois de ter ouvido o sentença. A governante negou todas as acusações e disse estar a ser alvo "de uma perseguição política". 

"Isto é um estado paralelo e máfia, máfia judicial", afirmou. 

Apesar da condenação, Cristina Kirchner, que ocupa também o cargo de presidente do Senado, pode candidatar-se a um terceiro mandato no próximo ano.

A vice-presidente da Argentina é acusada de ser a cabecilha de uma associação criminosa e de gestão fraudulenta durante o período em que Néstor Kirchner foi presidente - de 2003 a 2007 - e durante a sua própria presidência - de 2007 a 2015.

De acordo com a acusação, que o G1 teve acesso, esta organização cometeu fraudes que lesaram o Estado argentino em mil milhões de euros, através de um esquema de desvio de verbas através da concessão de obras públicas na província de Santa Cruz à empresa de um amigo da família Kirchner, Lázaro Báez - também condenado a seis anos de prisão.

Mundo

Mais Mundo

Patrocinados