Guillermo Ochoa falou da carreira e mostrou a ambição de jogar em 2026, como Cristiano, o sexto Mundial da carreira
Guillermo Ochoa, guarda-redes mexicano do AVS, voltou às origens para recordar como deu os primeiros passos na carreira. O guarda-redes do AVS fê-lo numa entrevista à Agência Lusa, através da qual percorreu os muitos anos de futebol que já acumula.
«Comecei a jogar aos 10 anos, no Club América, no México, como avançado, até que o único guarda-redes da equipa se lesionou num lance de penálti. O treinador perguntou quem queria ir para a baliza. fui eu, defendi o penálti, e assim terminou a minha carreira de avançado», afirmou em entrevista à Lusa.
Passados 30 anos desde esse momento, o guarda-redes espera fazer história ao disputar o sexto Campeonato do Mundo, em 2026, juntando-se a Lionel Messi e Cristiano Ronaldo no lote dos jogadores que podem ainda alcançar o feito.
«Era importante para mim e para o México ter um jogador em seis Mundiais. É um sonho real e vou tentar estar presente em 2026. Vou ficar muito contente se isso acontecer, mas, também, não vou ficar triste se assim não for», afirmou o experiente guarda-redes, que soma 152 internacionalizações pela seleção mexicana.
«Acredito que eles [Messi e Ronaldo] vão estar presentes. Seria fantástico partilhar o pódio com eles, mas não ouso sequer fazer comparações, porque são dos maiores jogadores da história do futebol. A única comparação possível é em termos estatísticos.»
O guardião de 39 anos reconheceu que a presença na seleção mexicana já não é tão frequente como antes, mas mostra-se disponível.
«A intensidade e frequência na seleção hoje não é a mesma, mas é a vida. Estou sempre disponível e o treinador acredita. Ele sabe quando devo jogar e os momentos em que sou necessário para ajudar a equipa.»
Sobre os adversários mais difíceis que enfrentou ao longo da carreira, Ochoa destacou o «instinto matador» de Cristiano Ronaldo e Luis Suárez, mas revelou que os jogadores que o mais fizeram sofrer foram Neymar, Messi e Ronaldinho, devido à «sua capacidade de driblar, fazer o adversário recuar no terreno e provocar mais ‘duelos’ com os guarda-redes».
Ochoa falou ainda sobre a chegada ao campeonato português. O mexicano foi a grande contratação de última hora do AVS, no último mercado de verão (2024).
«Quando um clube acredita cem por cento em ti, dizendo que precisa de um guarda-redes experiente para jogar e ajudar, isso, às vezes, é mais importante do que o dinheiro. Estávamos no fim do mercado, e a decisão foi fácil.»
Agora, quase a cumprir uma temporada com 16 jogos realizados pelo clube de Vila das Aves, o guarda-redes mexicano não desvenda uma possível renovação.
«O presidente já me fez a proposta para renovar, vamos ver o que acontece. O futebol reserva sempre muitas surpresas, mas primeiro queria deixar o AVS na primeira divisão. Não sei ainda», disse acrescentando, «acredito que podemos terminar [o campeonato] entre os oito e os 12 primeiros».