Primeira sondagem na crise: AD desce mas continua em primeiro – em empate técnico com PS

9 mar, 20:16

Há um antes-e-depois da crise – e hoje mostramos-lhe ambos os momentos: publicamos os resultados de uma sondagem que na verdade são duas: antes e depois da notícia que fez saber que a empresa da família Montenegro ainda recebe avenças de empresas. Os resultados mostram uma queda da AD nas intenções de voto de uma semana para a outra, mas longe de ser um descalabro. AD está agora em empate técnico com o PS, que sobe. O Chega desce

A primeira sondagem realizada depois do agudizar da crise política mostra uma descida do PSD nas intenções de voto, com o partido liderado por Luís Montenegro a ser prejudicado com a crise política, mas mantendo-se no topo, agora com o PS mais próximo.

Em causa estão na verdade duas sondagens que revelamos hoje, feitas pela Pitagórica para a CNN Portugal, TVI, TSF, JN e O Jogo. A primeira sondagem foi realizada entre 23 e 27 de fevereiro (semana 1 – antes das notícias sobre avenças “vivas” de clientes à empresa da família Montenegro); a segunda sondagem foi realizada de 3 a 6 de março (semana 2 – já depois daquelas notícias, da comunicação do primeiro-ministro ao país e do anúncio de moção de censura pela CDU e da sua rejeição pelo PS.

Resultados: voto direto com distribuição de indecisos

 

O gráfico acima mostra os últimos resultados. Se, no entanto, fizermos o retrato antes-e-depois, percebemos a evolução de uma semana para a outra:

 

Semana 1

23 a 27 de fev

 

Semana 2

3 a 6 de mar

Variação
AD

35,6%

[30,8% - 40,4%]

 

33,5%

[29,7% - 37,3%]

-2,1pp
PS

27,2%

[22,8% - 31,6%]

 

28,8%

[25,2% - 32,4%]

+1,6pp
Chega

17,4%

[13,6% - 21,2%]

 

13,5%

[10,8% - 16,2%]

-3,9pp
IL

5,1%

[2,9% - 7,3%]

 

6,7%

[4,7% - 8,7%]

+1,6pp
CDU

3,6%

[1,7% - 5,5%]

 

3%

[1,6% - 4,4%]

-0,6pp
BE

1,5%

[0,3% - 2,7%]

 

2,9%

[1,6% - 4,2%]

+1,4pp
Livre

4,8%

[2,7% - 6,9%]

 

2,7%

[1,4% - 4,0%]

-2,1pp
PAN

1,5%

[0,3% - 2,7%]

 

1,9%

[0,8% - 3,0%]

+0,4pp
ADN ---

0,4%

[0,0% - 0,9%]

 

+0,4pp
O+B/N

3,3%

[1,5% - 5,1%]

 

6,6%

[4,6% - 8,6%]

+3,3pp
Indecisos

---

--- ---

Os resultados mostram assim um empate técnico entre AD e PS, em face de uma descida da AD e de uma subida do PS de uma semana para a outra, ou seja, com a crise. O Chega desce bastante de uma semana para a outra.

Para uma análise mais completa, vejamos os resultados, mas agora sem distribuição de indecisos:

 

 

Semana 1

23 a 27 de fev

 

Semana 2

3 a 6 de mar

Variação
AD

29,8%

28,2% -1,6pp
PS

22,8%

24,2% +1,4pp
Chega

14,5%

11,4% -3,1pp
IL

4,3%

5,6% +1,3pp
CDU

3,0%

2,6% -0,4pp
BE

1,3%

2,4% +1,1pp
Livre

4,0%

2,2% -1,8pp
PAN

1,3%

1,6% +0,3pp
ADN ---

0,3%

+0,3pp
O+B/N

2,5%

5,5% +3,0pp
Indecisos

16,5%

16,0% -0,5pp

 

Montenegro perde mas permanece

 Outra pergunta da sondagem reflete a opinião sobre os líderes partidários, antes e depois da crise. Luís Montenegro cede

As avaliações negativas do primeiro-ministro Luís Montenegro sobem oito pontos percentuais face à semana anterior (eram 38% e passam a 46%). André Ventura e Pedro Nuno Santos registam ligeiras subidas nas avaliações negativas (dois e um ponto percentuais, respetivamente).

Esta sondagem será noticiada ao longo dos próximos dias com mais informações sobre a crise política. 

Ficha técnica

Foram realizadas duas sondagens pela Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN e O Jogo.

• A primeira sondagem realizada entre os dias 23 a 27 de Fevereiro antes das noticias mais recentes sobre os clientes da empresa da família do Primeiro-Ministro e da comunicação que foi feita pelo 1º Ministro ao país no Sábado 1de Março.

• A segunda sondagem realizada entre os dias 3 e 6 de Março, depois da comunicação do Primeiro-Ministro ao país bem como da reação da CDU (anúncio de Moção de Censura) e da reação do PS (intenção de rejeição da moção de censura da CDU).

Na primeira sondagem, a amostra recolhida foi de 400 entrevistas, como habitualmente nos barómetros mensais, e para além da intenção de voto das legislativas, foram abordados temas relacionados com a avaliação da Presidência da República bem como a intenção de voto para as eleições presidenciais e ainda temas de desporto. A taxa de resposta foi de 65% ou seja foram precisos 615 contactos efetivos para conseguir as 400 entrevistas. A margem de erro máxima para um nível de confiança de 95,5% é de +/-5,0%.

Na segunda sondagem, a amostra recolhida foi de 625 entrevistas, com um questionário mais curto, que apenas se debruçou sobre os temas das eleições legislativas e da crise atual. A taxa de resposta foi de 66% ou seja foram precisos 938 contactos efetivos para conseguir as 625 entrevistas. A margem de erro máxima para um nível de confiança de 95,5% é de +/-4,0%.

Em ambas as sondagens, a amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.

A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online.

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