Sentido de voto do antigo ministro das Finanças de António Costa levantou a curiosidade do líder da bancada parlamentar social-democrata
Luís Montenegro sai e Fernando Medina entra? De uma assentada só, o líder da bancada parlamentar do PSD lançou duas possibilidades para o que pode ser o futuro político dos dois principais partidos.
Em entrevista exclusiva à CNN Portugal, Hugo Soares deixou a entender que o ainda primeiro-ministro deixará a liderança do PSD caso perca as mais do que prováveis próximas eleições.
“Ele decidirá as condições que tem. Creio que conheço o suficiente de Luís Montenegro para saber que ele é um homem de consciência e capaz de tirar as ilações de um resultado eleitoral”, afirmou, numa indicação clara de que o presidente do PSD sairá caso perca.
Ainda assim, e mesmo não estando 100% confirmado que vamos para as terceiras eleições em três anos - falta o Presidente da República anunciá-lo -, Hugo Soares garante que o PSD vai “com muita vontade” de poder disputar e vencer as próximas legislativas.
Depois, mesmo não questionado, o líder da bancada parlamentar do PSD deixou outro cenário no ar: “Sobre questões internas partidárias queria deixar uma nota que ainda não vi em lado nenhum. A bancada do PS, com disciplina de voto, votou toda contra a moção de confiança, mas há uma nota muito particular, que já é pública de ontem, mas que hoje se concretizou. Fernando Medina votou com a bancada, evidentemente, mas assinalou que queria fazer uma declaração de voto. Estou curioso para ler a declaração de voto de Fernando Medina e perceber se não é o primeiro passo, aí sim, para disputar a liderança do PS com Pedro Nuno Santos se Pedro Nuno Santos perder as eleições”.
Já sobre a legitimidade do PS em governar caso vença as eleições, Hugo Soares garantiu que o PSD continua a achar o mesmo: o partido que vence deve ser chamado a governar. Ainda assim, o líder da bancada parlamentar social-democrata deixou uma bicada para referir que Luís Montenegro foi o único a dizer que só formaria governo caso vencesse as eleições.