Seul pede à Interpol que emita alerta para suspeito de fraude com criptomoedas

Agência Lusa , AM
20 set 2022, 06:12
Interpol (Foto: Getty/ Ozan Kose)

Do Kwon é procurado após perdas de investidores de 40 mil milhões de dólares (39,9 mil milhões de euros) em criptomoedas

A Coreia do Sul pediu à Interpol a emissão de um alerta para o fundador da Terraform Labs, procurado após perdas de investidores de 40 mil milhões de dólares (39,9 mil milhões de euros) em criptomoedas.

O Ministério Público do distrito sul de Seul pediu à Interpol para fazer circular o "aviso vermelho" para Do Kwon pelos 195 países membros da agência, para o encontrar e deter.

Um tribunal sul-coreano emitiu recentemente mandados de detenção para Kwon e mais cinco pessoas ligadas à Terraform Labs, enquanto procuradores investigam alegadas fraudes e crimes financeiros relacionados com a implosão das suas criptomoedas em maio.

Esta manhã a Interpol não tinha divulgado o aviso vermelho de Kwon no seu 'site' e os procuradores sul-coreanos afirmam que tal pode demorar mais de uma semana.

A Interpol descreve tais notificações como pedidos às autoridades policiais de todo o mundo para localizar e deter provisoriamente fugitivos "na pendência de extradição, rendição, ou ação legal semelhante".

O paradeiro de Kwon é desconhecido.

Kwon escreveu na rede social Twitter, no domingo, que não estava em fuga. "Estamos em plena cooperação e não temos nada a esconder", garantiu.

O colapso das moedas digitais da Terraform Lab, TerraUSD e Luna, afetou cerca de 280 mil investidores sul-coreanos, ao mesmo tempo que causou tumultos mais amplos no mercado global das criptomoedas.

A TerraUSD foi concebida como uma "moeda estável". Estas estão ligadas a ativos estáveis, como o dólar, para evitar flutuações drásticas nos preços.

Contudo, de um momento para o outro desapareceram cerca de 40 mil milhões de dólares em valor de mercado para os detentores do TerraUSD e da sua moeda digital 'irmã' flutuante, Luna, depois de a moeda estável ter caído abruptamente.

Os procuradores sul-coreanos lançaram a investigação na sequência de queixas coletivas apresentadas por dezenas de investigadores.

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