Publicações nas redes sociais e declarações de responsáveis antecipam uma ofensiva de Kiev na península
Responsáveis ucranianos estão a avisar os habitantes da Crimeia, península que fazia parte da Ucrânia e foi anexada pela Rússia em 2014, de que uma operação de “desocupação” estará iminente.
A informação está a ser avançada pela Sky News, que cita a representante nomeada pelo governo ucraniano para a região. Além de avisar para a “desocupação”, Tamila Tasheva deixou vários conselhos à população:
- Os cidadãos russos devem sair para as cidades de Tyumen, Elista, Saransk ou Irkutsk “ou de onde tenham vindo”
- O exército ucraniano não vai disparar contra infraestruturas civis, mas a população deve mover-se para o mais longe possível de infraestruturas militares
- Os cidadãos não devem concordar com uma evacuação oferecida pela Rússia porque podem vir a ser “reféns”
- As pessoas vão poder deixar o território rumo à Rússia
- Civis devem relatar “toda a informação sobre os ocupantes e seus movimentos” aos serviços ucranianos
Pouco depois, e numa publicação irónica que vai no mesmo sentido, o Ministério da Defesa da Ucrânia referiu que "a previsão meteorológica diz que vai estar muito quente na Crimeia". "É tempo de os invasores russos se preparem para nadar. É preciso muita força para nadar até Sochi ou Yeysk. Aliás, o livro de recordes do Guinness pode incluir um novo recorde para o maior período de natação em águas abertas."
The weather forecast says it is going to be very hot in Crimea.
— Defense of Ukraine (@DefenceU) September 7, 2022
It's time for the rus invaders to prepare for a swim. It takes a lot of strength to swim to Sochi or Yeysk.
BTW the Guinness Book of World Records may include a new record for the longest open water swim.
Até há pouco tempo fora da zona de combate, a península da Crimeia tem sido uma zona mais ativa nas últimas semanas, incluindo com explosões em bases aéreas russas, ainda que a Ucrânia não tenha confirmado taxativamente a autoria desses ataques. Certo é que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já referiu por várias vezes que a guerra só terminará com a passagem daquele território para Kiev.