Após mais de 50 anos de mistério, uma beata resolveu o homicídio de Rita

CNN Portugal , MCP
22 fev 2023, 20:25
Rita Currant (foto: @OneNorthAvenue)

Testes genéticos foram fundamentais para identificar o homicida da jovem professora

Em julho de 1971, Rita Curran, uma professora norte-americana, de 24 anos, foi encontrada morta, caída no chão e com sinais de estrangulamento, pelo colega com que dividia casa. A sua morte permaneceu um mistério até esta semana, mais de 50 anos depois. 

Na altura, nenhuma outra pista foi forte o suficiente para garantir um desfecho e o caso, não tendo sido arquivado, acabou por estagnar. 

Esta terça-feira, a polícia de Burlington, no Estado do Vermont, conseguiu identificar o assassino de Rita. A chave? O ADN de uma beata deixada ao lado do corpo da jovem. William DeRoos, na altura vizinho, foi formalmente identificado como o assassino da professora.

Os testes genéticos iniciaram-se em 2014, quando as autoridades enviaram o ADN da beata para o gabinete médico-legista de Nova Iorque, que determinou que pertencia a um homem, mas nenhuma outra informação constava na base de dados criminais.

No entanto, em 2019, outra equipa voltou a investigar o caso e enviou o ADN para uma base privada de dados genealógicos, tendo encontrado correspondências parciais com familiares de William DeRoos. Depois dessa descoberta, analisaram registos de casamento e descobriram que DeRoos vivia com a mulher perto da vítima.

“Estamos certos de que William DeRoos é responsável pela morte de Rita Curran”, afirmou em conferência de imprensa o inspetor responsável pela investigação, Jim Trieb. No entanto, o homicida já morreu, em 1986, vítima de overdose.

No dia a seguir ao crime, a polícia abordou DeRoos e a sua mulher, mas ambos afirmaram não ter visto ou ouvido nada.

Pouco tempo depois do crime, DeRoos deixou a mulher e mudou-se para a Tailândia para se tornar monge budista. Regressaria aos Estados Unidos e voltaria a casar-se, mas acabou por morrer na sequência de uma overdose.

“Ela era professora, cantora e uma pessoa que dava muito de si. Era muito amada. A violência sem nexo da qual foi alvo deixou uma mancha na nossa comunidade e devastou a nossa família. Há 50 anos que esperamos por justiça. Os meus pais morreram à espera disto”, disse o irmão da vítima, Tom Curran, aos jornalistas.

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