Homem que esteve preso 23 anos foi pedido em casamento na cadeia. Saiu em liberdade vítima de um esquema e com dívidas ao fisco

27 fev, 15:17

Caso remonta a 2017. Arguidos foram condenados pelo crime de falsificação de documento, mas foram absolvidos do crime de burla

Paulo Carneiro cumpriu 23 anos na prisão por causa de crimes relacionados com o Gangue do Minho. Durante esse período, recebeu visitas de Bárbara, que a dada altura o supreendeu com um pedido de casamento e pediu o cartão de cidadão para esse fim.

Só que Bárbara tinha outras intenções. Com a ajuda do pai, falsificou a assinatura de Paulo, comprou e vendeu carros em nome do homem, sem pagar quaisquer impostos.

Pai e filha foram condenados a penas de prisão pelo crime de falsificação de documento mas foram absolvidos do crime de burla. António Caetano, advogado de Paulo Carneiro, pondera avançar com um recurso relativamente ao crime de burla. 

Paulo Carneiro está em liberdade há dez meses. Os arguidos nunca compareceram em tribunal, nem no julgamento nem na sentença, apesar de terem sido emitidos sobre eles "vários mandados de detenção", conforme adiantou o advogado da vítima, em declarações à TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal),

"Os arguidos nunca apareceram, nunca foram detidos, e parece que, em alguma medida, isso quase que até abonou a favor deles relativamente ao tal crime de burla de que foram absolvidos", argumenta o advogado.

Entre as várias condenações de que foi alvo, Paulo Carneiro, que também era conhecido como Paulo "Polaco", foi considerado culpado de crimes como roubo (simples e agravado), furto qualificado, violência após subtracção, condução sem carta, resistência e coacção e posse ilegal de arma de caça.

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