REVISTA DE IMPRENSA || Comissões de Proteção de Crianças e Jovens movimentaram 89.008 processos
Em 2024, a negligência voltou a liderar as causas de perigo para crianças e jovens, com 19.107 casos comunicados, mais 1575 do que no ano anterior, avança o Diário de Notícias. Os dados constam no relatório anual da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ), divulgado esta semana.
As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) movimentaram 89.008 processos, mais 4812 do que em 2023, o que representa um aumento de 5,5%. Dessas situações, 58.436 foram novas comunicações de perigo, sendo 42% sinalizadas por PSP e GNR e 18,5% pelas escolas.
A negligência (30,4%) e a violência doméstica (27,5%) lideram os motivos de risco, seguidas por comportamentos perigosos na infância, risco de exclusão escolar, maus-tratos físicos, abuso sexual e abandono.
Apesar do aumento, a CNPDPCJ sublinha que isso pode significar uma maior sensibilidade social para a proteção das crianças. No total, 13.373 menores precisaram de medidas cautelares, sobretudo jovens dos 15 aos 17 anos. No final do ano, foram aplicadas 1037 medidas, principalmente apoio junto dos pais.
O acolhimento familiar continua residual, mas há esperança num crescimento com campanhas em curso.