Hospital pediu autópsia urgente para saber se paragem cardiorrespiratória teve ou não relação com a primeira dose da vacina tomada pela criança. Há outras possibilidades
A criança de 6 anos que morreu este domingo, dia 16 de janeiro, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e que tinha testado positivo à covid-19, tinha sido vacinada com a primeira dose no sábado dia 8 de janeiro, apurou a CNN Portugal. A criança deu entrada no hospital uma semana depois de ser vacinada com uma dose pediátrica da vacina da Pfizer. Mas não resistiu a uma paragem cardiorrespiratória.
Não se sabe ainda se há qualquer ou nenhuma relação entre a morte e a toma da vacina. O estabelecimento de saúde pediu já a realização urgente de uma autópsia, que deve ocorrer nos próximos dias, depois de ultrapassados todos os trâmites legais.
Só com esta autópsia será possível perceber o que sucedeu. Através de técnicas de medicina legal, os médicos irão determinar o que levou a que, pouco depois de ter testado positivo à covid-19 e uma semana depois de ser vacinado, o rapaz de seis anos tivesse tido uma paragem cardiorrespiratória.
Nenhuma possibilidade está afastada, segundo explicaram à CNN Portugal várias fontes. Por ter sido vacinado recentemente, e por as reações adversas poderem ocorrer algum tempo depois da administração da vacina, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) foi imediatamente notificado, como é obrigatório que aconteça.
O Infarmed, por seu lado, já confirmou que recebeu uma suspeita de reação adversa, e explicou que o caso está a ser investigado em conjunto com a Unidade Regional de Farmacovigilância de Lisboa, Setúbal e Santarém. O instituto deixou claro que não há certezas e adiantou que está a ser feita uma avaliação de toda a situação clínica. De acordo com as primeiras informações, a criança não teria problemas de saúde conhecidos.
Nenhum cenário está neste momento afastado: nem que a morte tenha sido provocada pela covid, nem que a causa seja outra, como a obstrução de via respiratória por um corpo estranho ou um engasgamento.
A notícia surge numa altura em que milhares de crianças vacinadas se preparam para levar as segundas doses, já em fevereiro. As autoridades nacionais de saúde estão a seguir o caso mas só com a autópsia poderão dar garantias sobre se houve ou não alguma relação com a vacina anticovid.