Detidas sete pessoas na Grécia indiciadas por mortes suspeitas em lar de terceira idade

Agência Lusa , BMA
11 fev 2022, 06:19
Preso

Polícia indicou ter apreendido nas casas e veículos dos acusados “total de 105.885 euros e jóias provenientes de atividade ilegal”

Sete pessoas, incluindo os proprietários e diversos funcionários de um lar de terceira idade na ilha grega de Creta foram detidos, acusados de terem provocado a morte a sete pessoas idosas neste estabelecimento privado, indicou esta quinta-feira fonte judicial.

Os detidos, onde se incluem a proprietária, a sua filha, dois médicos e outros empregados deste lar de terceira idade privado, são perseguidos por crimes de “constituição de uma organização criminal”, “homicídio”, “violação” da legislação relacionada com o funcionamento destas instalações e “elaboração de falsos certificados médicos”, segundo esta fonte.

Os indiciados devem comparecer no sábado perante um juiz de instrução do tribunal penal de Chania, oeste de Creta, onde se encontra a casa de repouso, segundo a mesma fonte.

Estas prisões seguem-se a um “inquérito policial sobre mortes suspeitas neste estabelecimento e iniciadas em abril de 2021 na sequência de denúncias sobre as condições de funcionamento do estabelecimento”, indicou a polícia em comunicado.

As pessoas detidas são acusadas de “atos perpetrados entre maio de 2009 e maio de 2021”, segundo o texto, sublinhando que 29 pessoas estão envolvidas neste caso.

A polícia indicou ter apreendido nas casas e veículos dos acusados “um total de 105.885 euros e jóias provenientes de atividade ilegal”.

Segundo um funcionário do estabelecimento, citado esta quinta-feira pela televisão pública Ert, “os idosos eram maltratados, a alimentação era muito limitada e apenas tinham direito a um banho quinzenalmente, com uma toalha para dez pessoas (…)”.

Segundo os ‘media’, ocorreram neste lar dezenas de mortos nos últimos anos.

Em julho passado, o ‘site’ de investigação grego Reporters United revelou que “ocorreram neste lar de terceira idade pelo menos 64 mortes suspeitas em 2020”, e publicou denúncias dos seus próximos e antigos funcionários.

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