Taxas de juro no crédito à habitação passam 1% em agosto e atingem o valor mais alto em quase três anos

20 set 2022, 11:14

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro passou o valor de 1,5%, o mais alto em mais de quatro anos

As taxas de juro implícitas no total dos contratos de crédito à habitação voltaram a subir em agosto atingindo 1,011%, o valor mais alto desde dezembro de 2019, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Analisando apenas os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu para 1,523% em agosto, naquele que é o valor mais alto desde maio de 2018, segundo os mesmos dados. 

Ainda segundo os dados divulgados pelo INE, o capital médio em dívida nos contratos de crédito à habitação aumentou 345 euros, fixando-se em 60.750 euros. Já a prestação média subiu 4 euros, para 268 euros. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 20 euros, para 445 euros.

Os dados divulgados pelo INE permitem ainda verificar que apesar de o capital médio em dívida no conjunto dos contratos de crédito à habitação ser de apenas 60.750 euros, quando se avalia os contratos realizados apenas nos últimos três meses, esse valor ultrapassou os 128 mil euros, mais de 400 euros face ao valor verificado em julho.

A subida das taxas de juro divulgadas hoje pelo INE acompanham a subida que se tem vindo a registar nas taxas Euribor e cujo movimento de subida se mantém.

Em agosto, por exemplo, a taxa média da Euribor a seis meses fixou-se em 0,837%, mas em setembro, apenas com dados dos primeiros 20 dias do mês, a taxa média já atinge o valor de 1,456%, o que se irá refletir nos contratos de crédito à habitação que serão renovados em outubro.

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