Carla Silva pediu que a sua audição, marcada para a próxima sexta-feira, aconteça à porta fechada e sob o regime de proteção de testemunhas
A Mesa de Coordenadores da comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma ainda não timou uma decisão sobre requerimento apresentado pela antiga secretária de Lacerda Sales, Carla Silva, para que a sua audição aconteça à porta fechada e sob o regime de proteção de testemunhas.
“Existem aqui algumas questões, não fundamentou muito bem o motivo pelo qual quer ser ouvida à porta fechada. Isso suscitou algumas dúvidas”, avançou, em declarações aos jornalistas, Rui Paulo Sousa, presidente desta CPI.
Os partidos com quem a CNN Portugal falou já se tinham mostrado divididos quanto à aprovação da audição sob o regime de proteção de testemunhas, dizendo que não eram claros os argumentos apresentados por Carla Silva. No entanto, esclareceram que, tratando-se de uma figura não política, compreendem o pedido para que seja à porta fechada.
A audição a Carla Silva está marcada para a próxima sexta-feira e poderá esclarecer as contradições face ao discurso do antigo secretário de Estado da Saúde e tudo o que está na origem da marcação da consulta das bebés no Hospital de Santa Maria, que, como relata do relatório da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), aconteceu após um encontro de Lacerda Sales com Nuno Rebelo de Sousa e também depois da troca de correspondência e chamadas entre o filho do Presidente da República e Carla Silva.