Em protesto, trabalhadores dos bares dos comboios invadem linha e bloqueiam intercidades

18 mar 2023, 12:29
Comboios na Estação de Santa Apolónia (Foto: L. Bucken/Unsplash)

Relatos nas redes sociais, como o da deputada do Bloco de Esquerda, confirmam a ação de protesto

Os trabalhadores dos bares da CP que estão em greve, devido a salários em atraso, bloquearam este sábado a linha férrea em Santa Apolónia, Lisboa, impedindo a saída de um comboio intercidades com destino a Braga.

O comboio só conseguiu partir quase uma hora depois, já que existiam trabalhadores na linha.

O cenário é confirmado por uma fotografia publicada na rede social Twitter pela deputada do Bloco de Esquerda Isabel Pires, que estava no local “em solidariedade com estas 130 pessoas sem salário”. Na fotografia, veem-se várias pessoas no meio da linha de comboio e a composição parada.

A CP confirmou à CNN Portugal que foram afetados dois comboios intercidades, um à partida e outro à chegada. O maior atraso foi de 50 minutos. A PSP foi chamada pela empresa para o local, no sentido de garantir a segurança.

Foram entre 20 a 30 trabalhadores aqueles que interromperam a saída de carruagens de Santa Apolónia, segundo fonte do Comando Metropolitano de Lisboa citada pela Lusa. 

A PSP interveio como mediadora, explicando aos manifestantes as condições em que podem exercer o direito à manifestação, e desmobilizou sem incidentes a registar, segundo a mesma fonte. Os trabalhadores irão juntar-se aos manifestantes que desfilarão em Lisboa, numa iniciativa da CGTP-IN, por melhores salários e pensões.

Os trabalhadores dos bares da CP estão em greve desde o início do mês devido a salários em atraso. São funcionários da Apeadeiro 2020, empresa que detém a concessão dos bares dos comboios.

Tendo em conta o protesto, a CP já veio avisar os passageiros que o serviço de bar não estará disponível, comprometendo-se a distribuir água.

Os trabalhadores exigem que a CP denuncie o contrato com a Apeadeiro 2020 e assuma a gestão direta dos bares.

Já a Apeadeiro 2020, em falência, pretende um novo contrato de concessão com a CP, procurando a viabilização da empresa junto dos credores.

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