Sindicatos anunciam nova greve na CP de dois dias em fevereiro e março

Agência Lusa , BCE
15 fev 2023, 14:57
Greve da CP (Lusa/Estela Silva)

Em causa está o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP e da CP, afirmam os sindicatos

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram esta terça-feira uma greve na CP – Comboios de Portugal para os dias 27 de fevereiro e 1 de março.

“Os sindicatos da UGT, Sinafe [Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins] e Sintap [Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública], avançam para a greve face à interrupção das negociações na CP e na IP”, informaram, em comunicado.

Assim, os trabalhadores da CP vão fazer greve à prestação de “todo e qualquer trabalho nos seguintes termos”, nos dias 27 de fevereiro e 1 de março, “durante todo o seu período de trabalho”.

Na terça-feira, aqueles sindicatos tinham anunciado uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP) para os dias 28 de fevereiro e 2 de março.

Em causa está o "impasse" nas negociações salariais com a administração da IP e da CP, afirmam os sindicatos em comunicado.

Segundo contam, na última reunião, as administrações mantiveram a proposta apresentada na anterior reunião, "não havendo qualquer evolução, nem aproximação às reivindicações do Sintap e do Sinafe".

"Claramente condicionado pelo Governo, o negociador patronal acenava com o despacho da tutela financeira que limitava o aumento a 5,1% da massa salarial, o que se traduz por mais um ano de perda de poder de compra para os trabalhadores da IP-Infraestruturas, IP-Telecom, IP-Engenharia e IP-Património", pode ler-se no comunicado.

De acordo com o Sintap e o Sinafe, as propostas dos sindicatos não foram consideradas pela comissão negociadora patronal, pelo que, "perante este impasse, a administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por ato de gestão".

No comunicado, os sindicatos indicam que a greve é pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação coletiva e pela "não discriminação de trabalhadores" e contratação de pessoal.

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