Infetados com Ómicron têm até 70% menos probabilidades de serem hospitalizados do que infetados com a Delta

23 dez 2021, 19:43
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho

Dados preliminares foram divulgados pela autoridade de saúde britânica, numa altura em que o Reino Unido bate recordes de casos diários

Os dados sobre a Ómicron no Reino Unido são considerados "preliminares e com um grau de incerteza elevado", mas numa altura em que se batem recordes diários de casos positivos, a autoridade de saúde britânica divulgou esta quinta-feira a informação de que os infetados com a nova variante têm até 70% menos probabilidades de serem hospitalizados relativamente à Delta.

Esta percentagem, aliás, situa-se "entre os 50% e 70%" quando comparada com o risco de internamento causado pela variante Delta. Não tão elevada, mas ainda significativa, é a percentagem estimada de doentes que poderão acorrer às urgências, e que se estima ser de "31% a 45%".

A U.K. Health Security Agency (UKHSA), na designação em inglês, conclui ainda que, além do menor risco de hospitalização quando comparada com a Delta, a Ómicrom manifesta-se em sintomas mais ligeiros, apesar de ser muito mais transmissível e mais resistente às vacinas.

"Estes dados são um sinal inicial encorajador de que as pessoas que contraem a variante Ómicron podem ter um risco relativamente menor de hospitalização do que aquelas que contraem outras variantes", diz a diretora da agência, Jenny Harries, citada pelas agências internacionais.

No entanto, a responsável admite também que "mesmo uma proporção relativamente baixa que exige hospitalização pode resultar num número significativo de pessoas gravemente doentes," atendendo ao elevado número de casos de covid-19 que se registam diariamente.

Estas conclusões surgem horas depois de conhecido um estudo do Imperial College de Londres, que apontava já para a menor gravidade da Ómicron.

E porque são os dados ainda pouco certos? A autoridade de saúde britânica, que teve por base apenas os casos nacionais, explica que o número de pacientes que deram entrada nos hospitais do Reino Unido é ainda baixo e na sua maioria envolve jovens.

Até 20 de dezembro, foram admitidas 132 pessoas nos hospitais do país com a variante Ómicron, das quais 14, com idades entre os 52 e os 96, morreram. 

A UKSHA afirma igualmente que a proteção gerada após a dose de reforço da vacina aparenta começar a desvanecer-se ao fim de dez semanas, ainda que a proteção contra hospitalização e doença severa se mantenha por mais tempo. 

Nas últimas 24 horas, o Reino Unido bateu o recorde de casos de covid-19 desde o início da pandemia, com 119.789 infetados, naquele que foi ainda o segundo dia acima da barreira dos 100.000 casos. 

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