Países em todo o mundo aplicam novas limitações à entrada. Saiba que regras deve cumprir

1 dez 2021, 15:02
Países em todo o mundo anunciam novas restrições à mobilidade para conter a propagação da variante Ómicron

A nova variante da covid-19 detetada na África do Sul fez soar os alarmes em vários países de todo o mundo, que anunciaram, nos últimos dias, novas regras para conter a propagação da Ómicron dentro das fronteiras

A nova variante do vírus SARS-CoV-2, denominada Ómicron, está a mudar as normas de entrada em vários países de todo o mundo, e Portugal não é exceção: a partir desta quarta-feira, qualquer pessoa que entre em Portugal tem de fazer teste um PCR, independentemente de estar ou não vacinado. Mas quais são as medidas que estão a ser implementadas nos outros países? A CNN Portugal fez um levantamento das regras que tem de cumprir caso opte por viajar para alguns destes países nos próximos tempos. 

Reino Unido

A partir desta terça-feira, quem viajar para o Reino Unido e tiver a vacinação completa tem de fazer a pré-reserva de um teste PCR, que deve ser adquirido num fornecedor aprovado pelo governo britânico, com um custo de 64 libras (cerca de 75 euros) que o passageiro deve realizar até ao segundo dia após a chegada, estando obrigado a cumprir quarentena domiciliária até obtenção do resultado negativo. 

O governo britânico proibiu a entrada de passageiros provenientes de dez países sul-africanos, com o objetivo de conter a propagação da nova variante, detetada na África do Sul. São eles a Namíbia, Zimbabué, Botsuana, Lesoto, Eswatini, Angola, Moçambique e Zâmbia, além da África do Sul. 

As únicas pessoas que viajaram ou passaram por estes países e que têm autorização para entrar no Reino Unido são cidadãos e residentes britânicos ou irlandeses. Contudo, a sua entrada no país implica o isolamento profilático de 10 dias num hotel pré-reservado aprovado pelo governo britânico, cuja estadia fica a cargo do próprio passageiro. De acordo com a BBC, um adulto que cumpra os dez dias de isolamento obrigatórios deve pagar 2,285 libras (cerca de 2679 euros). A este valor soma-se 1,430 libras (cerca de 1676 euros) caso a estadia inclua mais um adulto ou uma criança com idade superior a 11 anos. A estadia das crianças com menos de 11 anos fica por 325 libras (o que corresponde a cerca de 381 euros). 

Já no caso dos passageiros sem vacinação completa, as autoridades britânicas exigem a realização de um teste PCR até três dias antes do embarque. Uma vez chegados ao Reino Unido, estes passageiros devem cumprir uma quarentena de 10 dias e realizar novamente um teste PCR no segundo e oitavo dias após a chegada ao país, incluídos num 'kit' no valor de 124 libras (145 euros). O período de quarentena pode ser encurtado com a realização de um teste PCR adicional ao quinto dia.

Suíça

Esta terça-feira, as autoridades suíças colocaram Portugal na lista de países de risco pela circulação da nova variante Ómicron. Assim, a partir das 00:00 desta terça-feira, todas as pessoas que viajarem em voos provenientes do território português com destino à Suíça devem não só apresentar o certificado de vacinação contra a covid-19, como também um teste PCR negativo, e, à chegada ao país, devem efetuar uma quarentena de 10 dias, mesmo que se encontrem vacinados ou que tenham recuperado da doença. 

Os viajantes terão que repetir um teste de PCR ou um teste rápido entre o quarto e o sétimo dia após a entrada na Suíça, cujos resultados devem ser enviados às autoridades suíças.

Além disso, todos os passageiros, incluindo as crianças, são obrigados a preencher o formulário PLF para rastreio de contactos, em caso de necessidade.

Espanha

As autoridades espanholas colocaram esta segunda-feira Portugal na lista de 'países de risco' devido à circulação da nova variante Ómicron no país. Neste sentido, os passageiros provenientes do território português devem apresentar um comprovativo de vacinação completa contra a covid-19 ou um resultado negativo para a doença. As autoridades do país vizinho aceitam ainda um certificado de recuperação válido.

Além disso, os passageiros devem apresentar, na zona de embarque, um formulário de controlo sanitário, necessário para o rastreamento de contactos durante a viagem.

Brasil

As autoridades brasileiras suspenderam temporariamente a entrada de estrangeiros em voos provenientes ou com passagem na África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué, nos últimos 14 dias. Já os estrangeiros que não passaram por estes seis países estão autorizados a entrar no Brasil, desde que apresentem um teste negativo contra a covid-19, realizado nas 72 horas antes do embarque, ou teste antigénio, realizado nas 24 horas anteriores à partida, bem como uma Declaração de Saúde, que deve ser apresentada no momento de embarque.

Marrocos

As autoridades de Marrocos decidiram suspender todos os voos diretos de passageiros com destino a Marrocos por um período de duas semanas, desde as 23:59 desta segunda-feira, 29 de novembro, até ao dia 13 de dezembro.

Portugal exige apresentação de um teste negativo à chegada

Na chegada a Portugal, todos os passageiros provenientes de voos internacionais, independentemente de estarem ou não vacinados, devem apresentar um teste negativo efetuado nas 72 horas antes do embarque, no caso de um teste PCR, ou nas 48 horas anteriores, no caso de um teste rápido. Além disso, devem ter também preenchido o formulário PLF.

Os cidadãos que entrem em território português, por via aérea, terrestre ou marítima, provenientes de seis países da África Austral (nomeadamente África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbabué) devem cumprir quarentena de 14 dias.

Os passageiros que vêm de origem de países não incluídos no Espaço Schengen passam a ser controlados por uma empresa de segurança - que foi contratada pela ANA - para fazer a verificação desta documentação antes do controlo de passaportes.

No caso dos voos com origem Schengen, esse controlo vai ser feito nas chegadas, na área pública de chegadas pós-alfândega. Para evitar que haja um duplo controlo, aos passageiros que já o fizeram no interior do terminal, será entregue uma pulseira que permitirá que sejam retirados do percurso onde seriam novamente controlados.

A nova variante do SARS-CoV-2, Omicron, foi identificada na África do Sul e no Botswana e já chegou à Europa, tendo sido detetada na Bélgica. A Alemanha e a República Checa anunciaram, este sábado, dois casos suspeitos desta nova variante em indivíduos que regressaram aos respetivos países em voos provenientes da África do Sul.

Os especialistas manifestam preocupação com as 32 mutações da Omicron, que alegadamente a tornam mais transmissível, sendo mesmo descrita como “a pior [variante] identificada até agora”.

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