Covid-19, pneumonia e acabou com fibrose. Depois de 162 dias em ECMO, paciente recebe transplante pulmonar em Lisboa

Agência Lusa , NM
5 set 2022, 21:51
Ambiente hospitalar em tempos de pandemia

Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central lembra que a paciente de 56 anos registou "várias complicações, entre elas, infeções bacterianas, insuficiência cardíaca e hemorragias"

Uma doente com pneumonia provocada pela covid-19 foi sujeita a um transplante pulmonar depois de 162 dias com suporte de ECMO (oxigenação por membrana extracorporal), anunciou esta segunda-feira o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC).

O transplante pulmonar na doente, 56 anos e cuja pneumonia evoluiu para uma fibrose, foi realizado no serviço de cirurgia cardiotorácica do Hospital de Santa Marta no “início do segundo trimestre” deste ano, adiantou à agência Lusa fonte do CHULC.

 A ECMO é uma técnica utilizada para dar suporte ao coração e aos pulmões em casos de falência grave destes órgãos.

Segundo a mesma fonte, essa cirurgia decorreu após estar 162 dias com suporte ECMO em internamento na unidade de urgência médica no Hospital de São José.

“Durante a permanência em ECMO registaram-se várias complicações, entre elas, infeções bacterianas, insuficiência cardíaca (o suporte pulmonar fornecido pelo ECMO teve de ser complementado com suporte cardíaco pela mesma técnica) e hemorragia com necessidade de múltiplas transfusões”, referiu ainda o hospital.

 De acordo com o CHULC, a ventilação mecânica invasiva foi suspensa ao 42º dia de internamento, mantendo-se apenas sob suporte ECMO. Sem que se verificasse uma recuperação pulmonar, o transplante acabou por ser a solução encontrada para este caso.

“A cirurgia decorreu de acordo com o programado e, ao fim de 138 dias após transplante, a doente teve alta sem suporte de oxigénio, autónomo e mantendo um programa de reabilitação”, referiu a mesma fonte.

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