Covid-19: número de mortes no mundo aumenta e quase metade são na China

Agência Lusa , AG
27 jan 2023, 17:27
Covid-19 na China (Associated Press)

OMS reuniu-se para avaliar a atual situação da doença

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) assinalou esta sexta-feira que o número de mortes ligadas à covid-19 tem aumentado desde o início de dezembro, numa reunião para decidir se a doença continua a ser uma emergência internacional.

Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou ainda que “o levantamento das restrições (para evitar a propagação do SARS-CoV-2) na China levou a um aumento acentuado nas mortes no país mais populoso do mundo”.

O responsável, que falava na abertura da 14.ª reunião do Comité de Emergência da OMS sobre a covid-19, referiu também que a resposta global à doença “continua com falhas”, porque em muitos países “vacinas, terapias e diagnósticos (…) essenciais na prevenção de doenças graves, salvando vidas” ainda não chegaram aos que mais deles precisam.

“Na próxima segunda-feira cumprem-se três anos desde que determinei, com base no vosso conselho, que o surto de um coronavírus até então desconhecido constituía uma Emergência de Saúde Pública Internacional”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, dirigindo-se aos membros e conselheiros do comité, presidido pelo médico Didier Houssin.

Adiantou esperar que o comité avalie e o aconselhe sobre se a situação continua a ser grave o suficiente para justificar o nível de alerta máximo da OMS.

O diretor-geral da agência da ONU dedicada à saúde declarou que, ao entrar no quarto ano da pandemia, se está numa “posição muito melhor do que há um ano, quando a onda (da variante do vírus) Omicron estava no auge e eram relatadas à OMS mais de 70 mil mortes por semana”.

Mas salientou que em outubro do ano passado, quando o comité se reuniu pela última vez, “o número de mortes semanais relatadas” era de “menos de 10 mil por semana”, enquanto na semana passada a OMS foi informada de “quase 40 mil mortes (…) mais da metade na China”.

“No total, nas últimas oito semanas, foram registadas mais de 170 mil mortes” e “o número real é certamente muito maior”.

O Comité, que conta com 17 membros e 11 conselheiros, deve terminar a reunião ainda hoje e o resultado das deliberações é esperado nos próximos dias.

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